Introdução
Muito se diz por aí, que o dízimo é de origem judaica, ou que se deu a partir de Abrão (Abraão) e Jacó (Israel) (no que é chamado de dízimo monoteísta). Mas se aprofundarmos um pouco mais, biblicamente, veremos que a ideia embrionária do dízimo, se deu antes mesmo dos povos passarem a dizimar aos seus deuses, no que podemos intitular como dízimo politeísta, que seria a segunda etapa do dízimo, anterior ao dízimo monoteísta e ao dízimo judaico.
Sim, a ideia do dízimo começa, com as dez formas que o Criador usou para criar o universo: kéter (coroa); chochmah (sabedoria); biná (entendimento); chêsed (misericórdia); guevurá (juízo); tifêret (equilíbrio, beleza); nêtzach (vitória, eternidade); hôd (louvor); yesod (fundamento); malchut (reino).
Os Sábios da tradição judaica afirmam, que o número dez (um dígito de um número ou dez por cento) está atrelado às dez formas que Deus usou para criar o universo conforme retro mencionado; aos dez dedos das mãos e dos pés do ser humano; às Dez Palavras no ato da criação, registradas em Gênesis 1, e aos 613 mandamentos, que os judeus são obrigados a cumprir.
Lembrando que o número 613, quando passa pela técnica de redução dos números (mispar katan), da ordem da centena para a dezena, temos o cômputo do número dez, pois 613 é igual a 6+1+3 = 10.
Após Adão e Eva terem sido expulsos do jardim do Éden, o dízimo que era, e que é um princípio universal, passou a ser praticado pelos povos politeístas .
É muito provável que Abrão tenha aprendido a dizimar, quando ainda era idólatra, pois de acordo com o Dicionário Assírio do Instituto Oriental da Universidade de Chicago, vol. 4 “e” página 369, há vários registros históricos de que havia um imposto de um décimo ugarit e babilônico, conhecido como “o esretu”, que estão listados alguns exemplos específicos do dízimo da Mesopotâmia em relação aos deuses, como Shamash (deus do sol), Bel, Nabu e Nergal, Senhora-de-Uruk e por aí vai.
Esse dicionário nos informa que eles dizimavam na vida dos governantes, para que tais governantes tivessem acesso as vestes reais, e assim por diante.
Portanto, o dízimo passa por 4 etapas, mas sempre devemos ter em mente, que o sentido natural do ato de dizimar, antecede ao dízimo politeísta, monoteísta e judaico.
É algo que o Criador estampou na consciência de cada ser humano. Não esqueçamos, de que o Decifrador da Mente Humana é o Jardim do Éden (tema de 07 livros de minha autoria, e que podem ser adquiridos pelo site: www.clubedeautores.com.br).
Dispensa nesse momento, a explicação aprofundada em relação ao dízimo que Abrão e Jacó deram, mas convém trazer uma explicação resumida, para que entendamos de uma vez por todas, a ideia embrionária do ato de dizimar e como podemos vislumbrar isso, a partir da perspectiva do Gan Eden/Jardim do Éden.
Você sabia, que de acordo com o comentarista judaico, Ibn Ezra, Abrão (Abraão) deu o dízimo por respeito a Deus?
Abrão (Abraão) não encontrou ninguém digno do que Melquisedeque, para entregar o dízimo.
Como Abrão havia deixado o mundo idólatra em Ur Kasdim/Ur dos Caldeus, ele descobriu que não deveria mais dar o dízimo ao sacerdote ou a qualquer governante que serviam a outros deuses; mas como ele sabia que Malki Tzédek/Melquisedeque (rei de justiça) era um sacerdote do Deus Altíssimo, deu-lhe o dízimo, como uma homenagem à Deus.
Vale ressaltar que, esse dízimo que Abrão dá à Melquisedeque é monoteísta e não politeísta, judaico ou universal.
Os rabinos afirmam que Melquisedeque era Shem/Sem, o filho de Noach/Noé.
Os Sábios da tradição judaica afirmam que desse dízimo de Abrão (monoteísta), derivou o dízimo judaico.
Mas se o dízimo judaico deriva do dízimo monoteísta, o dízimo monoteísta é a depuração do dízimo politeísta, enquanto que o politeísta é a deturpação do dízimo universal, após o homem ter escolhido por sua conta e risco, dizimar para seus deuses, após o ser humano ter sido expulso do Éden.
Só lembrando que o dízimo judaico é posterior ao dízimo monoteísta, e o monoteísta é posterior ao dízimo politeísta e o politeísta é posterior ao dízimo universal.
Logo, o dízimo universal antecede as outras três etapas do dízimo, e ele volta a se manifestar no tempo em que Cristo veio a esse mundo, e tal ideia embrionária retorna ao ponto central e natural, como um dos resgates que Deus fez com a vinda de Seu Filho Amado.
Número de páginas | 80 |
Edição | 1 (2023) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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