A escrita pós-exótica de Volodine muitas vezes enfatiza a construção de um mundo de ficção fantástica, especialmente de ficção científica, embora traga junto uma série de elementos genéricos e literários bem diferentes. A inovação de Volodine surge com uma construção de mundo mais intensa e excêntrica do que a maioria das ficções fantásticas, com múltiplos livros e autores, inventando novos e diferentes gêneros – imaginando não apenas um mundo fantástico, mas também visualizando diversas representações genéricas de tal mundo, inclusive, superpondo levemente mundos diferentes. Os livros de Volodine apresentam mundos em que as diversas guerras não deram em nada, em que parte da população mundial parece viver em desertos, e a radiação já tomou conta de várias partes do planeta. Seus mundos estão repletos de prisões e interrogatórios, mas onde também os sonhos se misturam com a realidade, sombras fantásticas e verdadeiras se fundem, e a linha entre a vida e a morte é tão sutil que não é possível saber se você está de um lado ou de outro. Mais do que qualquer outro escritor que já conheci, Volodine consegue criar mundos palpáveis de imediato, polivalentes e reais, embora descontínuos e mutáveis constantemente, como se ameaçassem deixar de existir.
Número de páginas | 400 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | 16x23 (160x230) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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