Em TAPAÚNA CATÚ: Ode a Manoel Urbano, o autor apresenta uma obra híbrida que ultrapassa os limites da biografia e da poesia. Em versos, o autor resgata a vida e o legado do prático mais emblemático do rio Purus, transformando Manoel Urbano da Encarnação (c. 1808–1897) de personagem histórico marginalizado em figura mítica, cabocla e universal. O título — Tapaúna Catú, “Negro Bom” em língua indígena — anuncia o propósito do livro: celebrar Manoel não como simples guia de expedições, mas como mediador de mundos, fundador de vilas e símbolo da formação ribeirinha amazônica no Amazonas e no Acre.
Estruturada em 16 cantos, a obra se organiza como o próprio Purus, em afluentes que confluem para um rio maior. No prefácio-manifesto, o autor afirma que a história silencia aquilo que o rio revela. A poesia surge, assim, para dizer o que os arquivos omitiram: a subjetividade de um homem nascido na várzea, criado entre a língua portuguesa do pai e a fala Mura da mãe, que aprendeu a ler as águas antes das palavras. Do berço obscuro na região onde o Purus encontra o Solimões às grandes travessias, Manoel emerge como o “Ulisses do Purus”, guia de exploradores, desbravador de caminhos entre rios, fundador de comunidades e herdeiro de uma dinastia de práticos.
Nos cantos finais, a narrativa acompanha a decadência material, a última viagem, a pensão tardia e a morte pobre em Manaus. Mas a poesia recusa o fim: Manoel não morre, torna-se curva de rio, nome e eco. TAPAÚNA CATÚ é, assim, um gesto.
| ISBN | 9786501867496 |
| Número de páginas | 318 |
| Edição | 1 (2025) |
| Formato | 16x23 (160x230) |
| Acabamento | Brochura s/ orelha |
| Coloração | Preto e branco |
| Tipo de papel | Ahuesado 80g |
| Idioma | Português |
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