“Psychopathia sexualis”, do médico austro-alemão Richard von Kraff-Ebing é uma das mais importantes e influentes obras sexológicas do século XIX. Além de criar termos que se tornaram de uso comum para definir práticas sexuais (como masoquismo, fetichismo, pedofilia, e outros menos conhecidos como coprolagnia e zoorastia), Kraff-Ebing inseriu uma multiplicidade de práticas sexuais consideradas desviantes em sua complexa teoria médico-psiquiátrica.
A abrangência de seu estudo, a busca por fundamentações neurológicas, bem como o grande número de casos concretos, presentes no livro, exerceram uma profunda influência na sociedade, que sentimos até hoje. Não apenas porque ainda utilizamos termos que ele criou; ou porque certas explicações dadas, por ele, para as “perversões”, ainda são repetidas por muitos. Mas especialmente porque sua estrutura explicativa esteve presente em cursos de medicina em todo mundo, e participou da formação de milhares de médicos, inclusive no Brasil. Em todos, o mesmo objetivo: controlar os atos sexuais de modo a organizar a sociedade.
Para Kraff-Ebing, só era natural o ato sexual reprodutivo, e qualquer outra prática que fugisse dessa “normalidade” seria considerado anormal, perverso ou patológico. Um modelo de concepção que se difundiu nas práticas de profissionais da medicina, bem como em manuais psiquiátricos e mesmo em obras de divulgação científica em quase todo o século XX.
Apesar de toda sua importância, só agora o Brasil possui uma tradução completa de “Psychopathia sexualis”. Pesquisadores em história, sociologia, psicologia, medicina, e outras tantas áreas do conhecimento, podem ter acesso a esse clássico, de modo a compreender de que maneira nossa sociedade construiu os saberes e as práticas ligados à sexualidade humana.
Número de páginas | 509 |
Edição | 2 (2017) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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