O que seria desonra para um poeta? Esta cara a tapa... Esta cara a lágrima... Esta cara ao corpo... Esta cara a tristeza... Esta cara de coalhada, manchada pelo vitiligo... Meu coração ainda não se achou, ainda que me calem com ansiolítico; esta rádio patrulha fajuta que dá uma impressão de segurança, mas também não é de nada! IGNOMÍNIAS é o inverso: “o avesso do avesso do avesso”... “Cantando na chuva”... “A vida é bela”... Uma brincadeira – imagem e palavra... O exercício para se atingir um público de um retorno modesto no Facebook. O elogio generoso das tias, das amigas... Sempre o feminino... Mas tudo muito fraco! Ainda o mesmo infame vagabundo, obscuro... O tanto faz e nada rende, vendendo barato ou dando de presente. IGNOMINIAS é a combalida moral. Elegantes desaforos, o roubo acintoso de imagens... Às vezes uma frase apenas, mas a fala tomada de dor... O descarado esconderijo, a incansável repetição ali ainda que em tanto criativo, saltos e façanhas, o dependurado sujeito...
Fio a fio desfazendo os nós da garganta.
Número de páginas | 150 |
Edição | 2 (2014) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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