Direito Quilombola à Autogestão Cultural e Territorial Sustentável.

Tese Doutoral aprovada pelo PPD/UFSC intitulada: Proteção jurídica e gestão em colaboração do patrimônio cultural quilombola.

Por Jefferson Crescencio Neri

Código do livro: 779795

Categorias

Política Cultural, Cultura Popular, Direito, Ciências Humanas E Sociais

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Sinopse

O presente livro é fruto de uma pesquisa interdisciplinar que congrega o Direito, o Meio ambiente, a Ecologia política e a Gestão do Patrimônio Cultural em relação aos territórios quilombolas, se valendo da experiência do autor com museologia comunitária quilombola. Parte de uma crítica ao Patrimônio cultural como o “isolar de bens culturais” por estudos científicos e procedimentos administrativos, buscando um patrimônio vivo, ligado às próprias territorialidades quilombolas.

Inquietantemente, quanto ao Patrimônio cultural quilombola, o art. 216 § 5º da Constituição do Brasil prevê o instituto do tombamento, que talvez seja o que mais fossiliza o bem cultural (para preservar as características dos bens físicos tombados), dissonante da dinâmica social, embora terreiros de candomblé da Bahia o tenham ressignificado, adotando o tombamento como um modo de bloquear a repressão aos cultos.

Diante disto, o objetivo do livro é buscar um modelo adequado para proteger juridicamente e gerir cultural e ecossocioeconomicamente o Patrimônio cultural quilombola enquanto um patrimônio vivo. Testou-se, então, a hipótese de que tal forma, partindo da gestão cultural em colaboração com a comunidade (art. 216, § 2º da Constituição), é a gestão comunitária.

O capítulo 1 criou a abordagem denominada Arqueologia das Práticas, que levou em conta a experiência do autor em campo e os marcos teóricos a respeito das semioses sociais (a Transmodernidade de Dussel, a Diferença Colonial de Mignolo, a Diáspora de Gilroy e Hall, a Poética da Diversidade de Glissant, o Quase Outro de Spivak, a Gnose de Mudimbe e o Necropoder de Mbembe), buscando, quanto às práticas, fazer uma arqueologia necropolítica do território quilombola, e quanto às narrativas, perceber as intertextualidades quilombolas com o texto colonial, e as transculturações da diáspora como consequência. Das traduções culturais, que surgem de tais transculturações, se buscam novos referenciais para um Direito Quilombola ao Patrimônio Cultural gerido a partir das ecossocioeconomias comunitárias.

Antes disto, o capítulo 2) considera os problemas sincrônicos do discurso do Patrimônio cultural quilombola, situando as alienações que a modernidade, o Direito, a estrutura estatal burocrática e os agenciamentos puderam ocasionar para as práticas sociais quilombolas, bem como os conflitos específicos com o coronelismo e o capitalismo.

Então, o capítulo 3, concebe uma reestruturação do Direito a partir das práticas sociais quilombolas, de modo a delinear a forma mais adequada de proteção jurídica do Patrimônio cultural quilombola.

Por fim, o capítulo 4, concebe a reestruturação social do Patrimônio Cultural, engendrando a forma mais adequada de acautelar e gerir o Patrimônio cultural quilombola em colaboração com a as práticas culturais, econômicas, ecológicas e sociais das próprias comunidades.

Características

ISBN 978-65-266-3695-4
Número de páginas 325
Edição 1 (2025)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Ahuesado 80g
Idioma Português

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Jefferson Crescencio Neri

Inicialmente é muito importante para mim asservar que tenho uma família, ladeada pela minha esposa e animada pelos meus dois filhos.

Profissionalmente, informo que até 2025 (e desde 2023) estou Professor Substituto da UnB. Fui Professor Substituto da UFMA, entre 2020 e 2023. Sou Doutor em Direito pela UFSC (2017), com cotutela Doutoral em Quaternário, Materiais e Culturas (UTAD, Portugal). Sou Mestre em Técnicas de Arqueologia (IPT, Portugal / 2011).

Sou Advogado especializado em direitos humanos, sendo Bacharel em Direito (UFMA/2001). Sou Arqueólogo e Consultor nas áreas socioambiental e do Patrimônio Cultural

Fui Professor nas Faculdades IES/FASC entre 2018 e 2020.

Entre 2009/17, se deu a minha pesquisa de Mestrado e Doutorado, abordando o Patrimônio Cultural e Socioambiental Quilombola (visitando 20 comunidades em campo e imergindo numa delas). Minha Tese sobre o princípio da colaboração com a comunidade (art. 216, 2, CF) criou um modelo baseado na experiência de gestão comunitária da identidade, ação, memória e territorialidade quilombola, vivenciado em campo.

Entre 2007/09, assessorei a Administração Pública em desenvolvimento rural sustentável e em Cooperação Técnica Internacional.

Entre 2001/07, atuei em assessoria jurídica popular a trabalhadores rurais sindicalizados (demandas fundiárias, ambientais, trabalhistas, previdenciárias e cíveis de quilombolas, campesinos, extrativistas, ribeirinhos), a quebradeiras de coco babaçu (defesas legislativas da Lei do Babaçu Livre, pelo MIQCB), e em demandas de Direitos da Cidadania, sobretudo a premiada campanha de erradicação de subregistro em Santa Quitéria do Maranhão, pelo CEDEPRODC (2005).

Entre 1999 e 2005, fui primeiramente, professor de filosofia no ensino médio, tendo graduação incompleta em Filosofia pela UFMA.

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