Rio de Janeiro, noite de 22 de novembro de 1910. O mar está calmo, o tempo sereno. Do cais avistam-se os vultos escuros e ameaçadores dos barcos de guerra da Armada, reunidos para a posse do presidente da República, realizada havia uma semana.
A calma é absoluta na capital brasileira, uma das maiores cidades da América atlântica. Boa parte da população dorme. Apenas alguns trabalhadores retardatários voltam cansados para casa. Aqui e ali, um marinheiro, um boêmio ou uma dama da noite vagam sem destino pelo cais.
No elegante Clube da Tijuca, a mais distinguia sociedade carioca participa com o recém-empossado presidente da República, o marechal Hermes da Fonseca, de uma luxuosa recepção. Na época, a República Velha [1889-1930] vivia alguns dos seus mais radiosos anos. O Brasil exportava, a preços elevados, imensas quantidades de café, de borracha e de cacau, entre outras mercadorias.
Subitamente, às 22h55min, como o estampido de um raio em céu sereno, escutou-se um disparo de canhão na baía. A seguir, outros.
Em terra, nada se sabe sobre o sucedido. Ninguém imagina o que ocorre. Logo, as primeiras frenéticas mensagens telegráficas são recebidas e os primeiros oficiais e suboficiais desembarcam no cais, com os rostos enrijecidos pelo medo e pelo ódio.
Ninguém acredita no que é contado. Os marinheiros lutam, com as armas à mão, pelo domínio dos encouraçados. Nos combates, morreram diversos marinheiros e, até mesmo, oficiais. E não há mais dúvidas - a vitória sorriu aos marujos. Os barcos estão em suas mãos.
ISBN | 978-85-67542-02-7 |
Número de páginas | 192 |
Edição | 3 (2014) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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