A realidade virtual anda domesticando tão bem o absurdo que a imaginação vem se banalizando. O filme às vezes como que mata a moral da história. Não é que o desfecho possa ser fantástico, mas que tudo deve ficar meio parcial só ali na nossa cabeça. Os super-heróis se tornaram uns grandes idiotas. Aprontam uma sujeira danada e depois baixam os créditos. Isto quando não ficamos no ar para puxar alguma continuação. A verdadeira ficção científica é mesmo a dos anos 60. O primor que deram às cenas matou a ficção. O que atua são operários de uma grande multinacional. E eu posso mesmo estar falando o óbvio. Esta é a diferença da Literatura. Se a história for boa, você pode até ser um escritor medíocre, o leitor vai quebrando o seu galho. Este trato tácito o Cinema não tem. A história pode ser ruim, mas o filme tem que ser convincente. Mas em todo caso, nas telas tudo some rápido. O livro pode deixar marcas profundas. É realmente algo vencido. A gente lê como quem faz um percurso a pé. O Cinema hoje é quase um trem-bala. E que tédio. A Literatura também, principalmente quando o que mais a gente vê são estas tediosas pistas pavimentadas. Mas não esquenta, não. Sou eu que sou chato.
Número de páginas | 85 |
Edição | 1 (2020) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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