Encontrar um amigo que lhe salve numa situação de sufoco, que até lhe empreste uma quantia razoável de dinheiro, aquela câmera fotográfica especial, o carro e até a mulher; não é algo tão impossível. Mas, um amigo que se preste a fazer um livro seu, com você, numa boa, é complicado. Três amigos, então, é uma dádiva. Não estou falado de simplesmente dar um pitaco depois da obra pronta, mas pegar um bruto de quinhentos textos, ler tudo, acompanhar as revisões, ajudar na sequências dos versos e ainda escrever um belo prefácio. Dividir uma obra com alguém já é uma novela, agora o cara só como um coadjuvante, pior ainda, um verdadeiro tratador de leões. É esperar demais.
Eu queria algo diferente para o meu quadragésimo livro. Já trabalhei com outras parcerias em outros projetos, mas resolvi colocar tudo na mesa, com a disposição de seguir o consenso. Mais do que isto, eu queria ter a experiência de coordenar um trabalho, de vivenciar num grupo as decisões de algo tão pessoal que é o feitio de uma obra de poesia. Uma só, não: três.
Eu tinha mais ou menos o esboço deste projeto na cabeça, mas se estivesse sozinho, o seu resultado seria rigorosamente outro. Havia um bruto, mas mais da metade foi refeito, boa parte dos refeitos também foram descartados, tudo acompanhado pelos amigos: Camila do Socorro Pimenta, José Roberto Simões e Gerson Rodrigues. Um verdadeiro sonho realizado: Meu Coração de Urânio, Alfombra e Ignávia. Eu só tenho que agradecer!
Número de páginas | 110 |
Edição | 1 (2017) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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