Este livro parte de uma provocação incômoda: se tudo virou espetáculo, até o que é trivial, o que resta da experiência humana? A pergunta não é retórica. Ela guia uma investigação sobre os gestos, objetos, sistemas e hábitos que compõem a vida cotidiana e que, ao serem naturalizados, moldam silenciosamente nossas formas de existir, produzir, desejar e obedecer. A partir de exemplos históricos, econômicos, tecnológicos e culturais, percorremos a longa trilha daquilo que foi considerado secundário demais para ser levado a sério. Das tabuletas de argila sumérias ao botão de “compartilhar”, das rotinas dos escravos da Antiguidade à performance emocional dos influenciadores, do riso de Chaplin às métricas de engajamento dos memes, emerge um retrato inquietante da condição contemporânea: uma sociedade que esvazia o sentido do mundo ao superexpor todos os seus sinais. Mais do que uma crítica à superficialidade, o livro questiona o que torna algo digno de atenção e como esse critério é historicamente construído. Ao fazer isso, sugerimos que a banalização não é apenas um efeito da cultura digital ou do excesso de informação, mas uma engrenagem profunda na organização da vida social, política e econômica. Entre sacas de cevada, emojis, notificações e rotinas invisíveis, propomos um exercício de leitura crítica do ordinário. Não para dar a ele um brilho artificial, mas para compreender como o banal, quando esquecido, pode se tornar perigoso.
ISBN | 9798287160791 |
Número de páginas | 105 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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