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A Casa Labirinto em Carne VivaO casarão respirava como um organismo doente. Cada corredor era um intestino, cada porta um dente, cada sombra um olho. O Observator havia transformado o espaço em um ritual vivo, e Raven sabia que entrar ali era caminhar dentro de uma mente assassina. O corredor das lâminasO primeiro passo foi suficiente para acionar o terror. Uma lâmina desceu do teto, cortando o ar com violência e atingindo uma parede já marcada por respingos. O sangue antigo escorreu como se tivesse sido guardado para aquele momento. — Moura (baixo): Eles querem que a casa nunca seque. — Raven: Cada gota é parte da liturgia. As paredes estavam cobertas de símbolos feitos com sangue humano. Dois pontos, círculos, linhas retas. Era como se o Observator tivesse transformado cada vítima em tinta. O salão dos corposAo abrir a porta principal, Raven e Moura encontraram o massacre. Corpos dispostos em círculo, cada um com cortes simétricos, cada um marcado com o anel. O sangue escorria em linhas que se encontravam no centro, formando um círculo perfeito. Helena iluminou o espaço. O reflexo da lanterna revelou detalhes ainda mais perturbadores: alguns corpos estavam costurados uns aos outros, como se fossem parte de uma escultura macabra. — Helena (trêmula): Eles não matam só. Eles constroem. — Raven: Constroem terror. O Colecionador e seus discípulosDas sombras, o Colecionador surgiu. Máscara simples, lâmina longa, mãos firmes. Atrás dele, quatro figuras mascaradas.
| Número de páginas | 100 |
| Edição | 1 (2025) |
| Idioma | Português |
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