Desde que Arpad Elo apresentou seu método pioneiro para calcular os ratings dos jogadores de Xadrez, nos anos 1960, tornou-se possível comparar as forças dos mesmos de diferentes épocas. Mas havia ainda alguns problemas. Um deles é a inflação no rating. O outro é que esse método dependida de que houvesse uma densa rede de partidas que conectasse os jogadores em confrontos mútuos. Sem isso, suas forças não podiam ser comparadas nem medidas. Por essa razão o sistema Elo só pode ser aplicado adequadamente a partir do ano 1843.
Graças aos esforços de Rob Edwards, que “garimpou” livros antigos e ampliou os grandes bancos de dados disponíveis em formato digital, foi possível estender esse limite até 1809. Mas ainda havia mais de 300 anos de história, sem que os jogadores desse período pudessem ter suas forças comparadas com os de outras épocas.
Agora tornou-se possível preencher essa lacuna, calculando os ratings de jogadores desde o ano 1475, resultando na compilação mais completa de ratings de jogadores de Xadrez. Além disso, os ratings são apresentados em 3 listas diferentes: o rating absoluto, com base na força efetiva que demonstravam pela qualidade dos lances. O rating deflacionado, que é baseado nos confrontos com outros jogadores e com correção da inflação. E o rating esportivo, similar ao rating FIDE, que combina as distorções associadas à inflação com a evolução na compreensão do jogo.
Além de apresentar dois novos métodos para cálculo de rating, um dos quais traz inovações relevantes à Teoria da Medida e à Teoria de Resposta ao Item, esse livro trata de vários temas relacionados à Ciência de Dados e à História do Xadrez, por meio das análises de alguns dos eventos mais importantes dessa modalidade, sob uma perspectiva matemática e científica.
Um dos novos métodos para cálculo de rating torna possível, pela primeira vez, determinar as forças de jogadores muito antigos, anteriores ao ano 1800, chegando aos primórdios desse esporte, no ano 1475, permitindo responder à velha pergunta: “quem foi o melhor jogador de todos os tempos?”, com o importante diferencial que nossa resposta não deixa de fora alguns dos nomes mais consagrados, como Philidor, Greco, Ruy Lopez, Leonardo da Cutri, Damiano, Lucena e tantos outros grandes jogadores do passado.
Também são analisados alguns casos extraordinários, como o de Louis Eichborn. Esse jogador tem intrigado historiadores há décadas, porque embora seja pouco conhecido, ele venceu mais de 90% de suas partidas contra Anderssen. Seria ele o melhor jogador da história? Ou teria jogado milhares de partidas contra Anderssen, mas priorizou os registros de suas poucas vitórias? A dúvida sobre a verdadeira força de Eichborn chegou ao fim e o resultado é muito diferente do que se pensava.
Quando Kasparov foi vencido por Deep Blue, em 1997, num dos matches mais polêmicos, foi correto interpretar que a partir de então as máquinas haviam superado os humanos no Xadrez? Qual foi a qualidade de jogo (convertida em rating) de Deep Blue naquele evento? E a qualidade de jogo de Kasparov? Havia fundamentos nas acusações feitas contra a IBM?
Entre Greco e Philidor, assim como entre Philidor e Staunton, há duas grandes lacunas, nas quais não se sabia ao certo quem foram os melhores nesses períodos. Em caráter inédito, essas lacunas puderam ser preenchidas, apontando quais foram os melhores do mundo desde 1465 até 2021.
Estas e muitas outras perguntas são analisadas com profundidade e rigor, com o auxílio de uma nova ferramenta estatística, por meio da qual podemos calcular os ratings dos jogadores com base em apenas 1 partida, ou até mesmo com base no fragmento de uma partida.
Se você se interessa por esses assuntos, venha participar dessa deliciosa aventura enxadrística e matemática, cheia de surpresas e emoções!
ISBN | 9786500377002 |
Número de páginas | 280 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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