O entendimento das novas estruturas e demandas edicacionais, das maneiras contemporâneas de vivenciar o conhecimento, da construção de vertiginosas e fugazes relações sociais, no imo da instituição educacional, do aporte tecnológico que funda um outro modo pedagógico, alterando concepções tradicionais e condicionando o saber ao espanto, representa um enorme desafio tanto para os educadores quanto para os teóricos que se debruçam sobre a Educação, com o objetivo de compreendê-la. Não raro, as suas conclusões apontam para um reducionismo previsível: “É um momento de transição!”. Tarefa árdua é fundamentar as referências da mudança, ou delinear o seu feitio.
Compreender as novas formas de organização da Educação demanda uma atitude de autonomia, independência e compromisso, elaborado no esteio do mais alto princípio de alteridade. Uma postura que prime pelo fortalecimento da solidariedade humana, pelo respeito fundamental ao ser, à vida, aos ideais mais sublimes. Incutir o gérmen da solidariedade naquele que busca o conhecimento – em lugar de apenas ministrar conteúdos secos, vazios, estéreis – marca o início de uma (r)evolução - a verdadeira – do espírito humano. Um movimento que levará a sociedade a perceber-se integrada, íntegra, orgânica, una, igual... mesmo na diferença. Isso é fortalecer a tolerância, e cabe à Educação a consecução de tal missão. Tolerar é compreender na diversidade, eis o verdadeiro sentido do respeito á diferença: ainda que não se possa concordar, por destoar da sua crença original, abraçar o outro como um ser portador de identidade, vontade e determinação. Essa idéia deve servir de eixo à Educação contemporânea e deve permear todas as suas instâncias.
A transformação da Educação acontecerá quando todos os seus atores participarem, ativamente, na proposta pedagógica das instituições de ensino. É condição basilar que aqueles, realmente, comprometidos com a causa da Educação contribuam para a construção de novos referenciais pedagógicos, a começar pelo cotidiano da instituição em que trabalha. Os rumos da Educação são decididos na sua vivência, a partir da assunção das responsabilidades, que pertencem a cada educador e a cada educando que a compõem. Ao transformar a Educação, as demais instituições a seguirão, pois dela dependem as suas fisionomias. Assim, desde a família, pilar institucional de qualquer sociedade, até o Estado, instituição normativa e gestora, todas as instâncias sociais serão permeadas de um outro sentido.
Desejamos, a todos, uma excelente leitura
Número de páginas | 160 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Estucado Mate 150g |
Idioma | Português |
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