Rairú e a Batalha do Tepequém

Sangue perdido, liberdade conquistada

Por Cyro Cabral

Código do livro: 219852

Categorias

Ficção, Literatura Infanto Juvenil, Realismo Fantástico, Contos De Fadas, Folclore E Mitologia, Fantasia, Sagas

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Sinopse

Há muito tempo uma guerra se iniciou além do Grande Vale em um lugar chamado Noçoquém, um jardim celestial em uma era em que deuses, homens, entes e animais do poder caminhavam lado a lado em perfeita harmonia com a Mãe-Terra.

Neste tempo, o plano terrenal era governado pelos deuses que habitavam o Guajupiá, a Casa do Céu ou Oca Celeste, formada por um panteão de divindades e presidida por Tupã, senhor dos raios e dos trovões.

Por traição e desobediência, muitos destes deuses, lideradas por Anhangá irmão de Tupã, se rebelaram contra a sua autoridade e com ele se confrontaram, sendo vencidos, banidos e precipitados do alto nas profundezas da terra, em um lugar sombrio posteriormente denominado de Andirá-açu ou terra do grande morcego, a Casa do Fogo e da Escuridão, um mundo subterrâneo além do paraíso celeste e do jardim terrenal. Este fato ficou eternamente conhecido como “A Queda”.

Para Anhangá, seu maior pecado foi apaixonar-se por Naruna, a bela índia levada do Noçoquém pelo poderoso regente para ser sua esposa. Mergulhado no mais profundo ódio, derrotado e humilhado perante o panteão dos deuses irmãos, Anhangá jurou vingança e reuniu um grandioso exército liderado por ele e por outros deuses caídos, criaturas impiedosas e bestiais como Muragueguana, Bahíra e Tandavu o Malvado. Para obter sucesso, deveriam capturar uma chave mística, o Coração da Terra chamado de muiraquitã-piranga, presente dado por Tupã aos homens e que, entre outros poderes, possui o de abrir o Portal do Arco-Íris, ponte que interligava o Andirá-açu (O Submundo), O Grande Vale (A Casa da Terra), O Noçoquém (O Jardim Celeste) e o Guajupiá (A Casa do Céu), os quatro planos do universo. Seu maior objetivo era destronar o irmão, tomar o poder de governo do universo para si e vingar-se dos homens e das criaturas criadas por Tupã no seu jardim, o Noçoquém. A harmonia que reinava por infindáveis eras fora quebrada. O Noçoquém mergulhado em sangue e fogo. Com isso, outro exército foi reunido para impedir o avanço das hordas de Anhangá. Formado por milhares de guerreiros de diversos povos indígenas, entes protetores e animais do poder, formou-se então à resistência denominada de Aliança Shabono. Assim, surgiu a lenda de Rairú, o bravo e jovem guerreiro mundurucu pertencente ao temido clã paikicé que levou a Aliança Shabono a vitória final, aprisionando o deus-negro e seu exército pelo laço mágico da Mãe-Terra.

Mais isso não foi por muito tempo. Motivado pela cobiça humana frente ao consumo desmedido dos bens da floresta de onde provém seu poder, a Mãe-Terra foi perdendo seu laço mágico que os aprisionava e enfraqueceu libertando Anhangá e seu exército novamente. Não é à toa que a desordem climática e a violência avançam a cada dia no mundo atual também reflexo e fruto da influência maléfica do deus caído.

Nossa saga contará sobre o retorno de Rairú e a nova formação da Aliança Shabono.

De um mundo de magia, batalhas, disciplina e amor à floresta. Um universo fechado aos olhos do homem que ao longo do tempo perdeu seu elo com a natureza, motivado pelo desejo desmedido do lucro e impulsionado pelo avanço de um progresso questionável.

Muito mais que uma ficção, “Rairú e Batalha do Tepequém” é um mergulho na mitologia e no conhecimento dos diversos povos amazônicos, um resgate da história e da cultura dos povos da floresta e um convite a uma vida mais harmônica com a Mãe-Terra. Seja bem-vindo!

Características

Número de páginas 275
Edição 1 (2016)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Colorido
Tipo de papel Offset 80g
Idioma Português

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Fale com o autor

Cyro Cabral

Cyro Cabral é amazonense, residente em Manaus, professor de Ciências Naturais, Química, Biologia e compositor filiado a UBC – União Brasileira de Compositores.

A Amazônia com sua enorme biodiversidade, seus mistérios, encantos e exoticidade de povos indígenas, lendas, mitos e magia, tornou-se o veio motivador para a construção de suas obras destacando-se “Rairú e a Batalha do Tepequém”, primeiro de uma trilogia e agora Xamã, O Guardião da Terra.

O desejo de escrever obras deste gênero e dar-lhes formato no mesmo padrão das aclamadas sagas “Nárnia”, “Fúria de Titãs” e “Senhor dos Anéis” deve-se a sua preocupação em se atingir o maior número de leitores a fim de se popularizar cenários, personagens, vocabulário, tudo que envolve a cultura extraída do belíssimo universo mítico dos povos indígenas da Amazônia, tão aplicados no cotidiano de nossa sociedade.

Acredito que esta roupagem dada às sagas literárias deste gênero, tendência mundial atual, possa também encantar o leitor e fazê-lo conhecer ainda mais sobre a cultura dos povos indígenas tão quanto ganhou espaço e domínio as que versam sobre mitologia grega, romana, céltica e nórdica.

A partir de 1996, produz obras, toadas, lançadas em CD e DVD para o folclore popular da Amazônia (Festivais Folclóricos de Parintins, Manaus e Festa do Sairé em Santarém - Pará). Em 2000, participou como roteirista na produção do documentário “Sonhos em Parintins” finaizado em Barcelona-Espanha por Manzó-Produções, lançado e premiado na categoria documentário, no Festival Ibero Americano de 2001.

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