80º livro do autor, todos publicados no Clube de Autores e na Amazon (com exceção de "Poeticamente teu", da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia).
Alguns trechos:
“Nas palavras não ditas, / No adeus expresso num olhar, / Ficou uma pergunta a bailar: / Por que ficaram essas lembranças malditas / Daquela noite em que o Amor me deixou, / E nunca, nunca mais voltou?”
“Engoli em seco várias vezes, / Atordoado como nunca estivera, / E custei a formar alguma frase, / Perguntando como te chamavas, / E, com olhares nada corteses, / Gaguejei como nunca fizera, / Como se estivesse fora de fase, / Enquanto com teu olhar me flechavas!”
“Desde que passear pelo teu corpo meu olhar ousou, / Minha vida sem ti não faz mais sentido, / Sou um tonitruante pássaro por teu olhar abatido, / Que nunca mais em outros galhos pousou!”
“E conversaram pelo resto do trajeto, / E descobriram serem almas irmãs, / Cada um com um coração incompleto, / Carregando a noite em suas manhãs.”
“Aquelas poucas letras eram tão sublimes / Que formavam um inesperado anagrama / Da deusa que para mim representavas, / Em meus exóticos devaneios plebeus...”
“Pode ir embora de minha vida, / Isto não me tornará um asceta, / E você, será apenas outra musa esquecida, / Na estante de rimas desse pobre poeta!”
“Por trás daquela máscara que usavas, / Teus olhos brilhantes dardejavam, / E, da forma como me miravas, / Minhas fogueiras mortas voltavam, / Com suas ilusões perdidas, / De antigas paixões abandonadas, / Pelo passar do tempo destruídas, / E por aquele teu olhar ressuscitadas...”
“Meu coração entrou em colapso, / Quando te viu, linda desse jeito, / E desde então, esse órgão relapso / Vive tentando fugir do meu peito!”
“Meu coração era frágil, / E, à primeira desilusão, / Rachou e se quebrou, / E minha alma, por contágio, / Ao ver se partir meu coração, / Partiu para longe, e não voltou...”
“Que sorriso mais doce ela me estendeu, / Acompanhado de um olhar que tudo dizia, / E, do jeito que retribuí, ela logo entendeu / Que aceitei seu feitiço, e lhe devolvi com Poesia...”
“Como farei para enumerar / Meus inumeráveis degredos, / Quando terminarei de decifrar / Teus indecifráveis segredos?”
“Mas, enquanto o mundo não me poupa, / E continua girando, mesmo sem mim, / Fico imaginando minha musa sem roupa, / A me sorrir, sedutora, com sua boca carmim!”
“E se abraçaram, entregando-se à paixão, / A um amor cuja história daria um hino, / Unidos por causa de um ligeiro empurrão, / Dado pela própria mão do Destino...”
“Will you ever give us a chance, / Even an hug or a magic kiss, / Will we have a great romance, / Will you save me from this abyss, / Who seduces me for a lifetime?”
“Por um milagre da Natureza, / Eu também tinha dois corações, / Batendo em sincronismo, / Uníssonos, / Mas, quando foste embora, / O coração que levaste era o meu...”
“Ela segurou meu queixo, com um olhar interrogativo, / E eu lhe confessei que nunca a esqueci, um dia sequer, / E foi somente então, com minhas lágrimas comovida, / Que ela me abraçou e me beijou, e voltei a estar vivo, / E depois de uma noite de amor, voltou a ser minha mulher, / E voltamos a nos amar, desta vez pelo resto da vida!”
“Quando você chegar, / Estarei aqui lhe esperando, / Aguardando você entrar, / Com o peito palpitando, / Usando a sua camisa predileta, / E o perfume que você mais gosta, / E aqui, neste coração de poeta, / Procurando encontrar a resposta / Para esse amor que transcende”
“Como explicar o amor, / Esse sentimento opressor, / Às vezes louco, / Em outras, pouco, / Às vezes ardente, / Em outras, doente, / Às vezes solto, / Em outras, revolto, / Às vezes surdo, / Em outras, absurdo,”
“A esse teu sorriso devastador / Minhas ilusões andam presas, / E, como um rolo compressor, / Demoliu as minhas defesas!”
“Em teus gemidos, eu me encontro e te acho, / Realizo-me com essas nossas façanhas, / Contigo meu córrego aos poucos virou um riacho, / Nossos beijos, antes colinas, viraram montanhas!”
“Esses olhares lânguidos que me atira / Não mudam a falta de amor que sinto, / Pois para mim você nada representa, / Você nunca esteve em minha mira, / Nem está no fim de meu labirinto, / Tanto se me dá se usa sete ou setenta!”
“E não sei o que aconteceria / Se eu lhe dissesse que é você a musa / Que em meus versos canto, / Como se fosse imaginária, / Assim tão cheia de encanto, / Um par para minha poesia binária / Que fala de estrelas vizinhas / Uma em volta da outra, girando / Juntas, mas sempre sozinhas, / Pois há milhões de quilômetros as separando, / Assim como acontece entre nós dois.”
“Quem diria, vendo-nos assim, / Eu, escravo de tua boca carmim, / Que antes, estive tão perto do fim, / Esperando explodir meu zepelim!”
“Inventei uma hashtag/ Para lhe declarar o meu amor, / Por muito que eu ainda negue / Esse sentimento avassalador!”
“'ll be here / Waiting for you / While in TV you hear / The end of the world you knew / I'll be from you near / Like in the last year or two / Waiting for your lonely tear / Until you say you love me too”
“Eu, com você, sou incrível! / Tiro da cartola (que nem tenho) / Alguns mágicos coelhos / Com lindos olhos vermelhos, / Em qualquer superfície, eu a desenho, / Venço batalhas contra um inimigo invisível,”
“E, no curto espaço de uma hora, / Desde que seu navio atracou em meu porto, / Com toda essa magia no olhar, / Os sorrisos voltaram, com força total, / O meu passado triste está morto, / Expulsei tudo o que havia de mau, / A solidão afinal foi embora, / E partiu, para nunca mais voltar.”
“That's how our story ends / Maybe in a few years we will be friends, / And I will forget you in a century or two, / But life goes on without you...”
“Entre as minhas manias, uma me inspira, / Cada vez que assisto a um novo dia amanhecer, / Tomando cerveja e comendo torresmo/ E a mais louca é prometer a mim mesmo, / Mesmo sabendo que é mentira, / Que um dia conseguirei te esquecer!”
“Dê-me um último abraço, e depois, / Gire a chave na porta sem olhar para trás, / A partir de então, nunca mais haverá nós dois, / Além das lembranças que a noite nos traz...”
“Na pista de caminhada, / Tomava uma água de coco, / Nas curvas da vida pensando, / Nessa longa e penosa estrada, / Quando meu nervo ótico / Subitamente levou um soco, / Quando ela passou rebolando, / Com seu requebrado hipnótico,”
“Eu te acho tão linda, / Muito mais do que demais, / E tenho uma ilusão infinda / De um dia termos contatos carnais.”
“E, pelas noites insones que atravesso, / Olhos estatelados, fixos no ventilador, / A sua ausência dói-me ainda mais, / E nessa empreitada não tenho sucesso, / Não consigo conciliar o sono com o calor, / E nesse Outubro, descubro que não te esquecerei jamais...”
“Eu era cego, e agora afinal enxergava / O que qualquer outro cego veria: / Aquele amor que em seus olhos brilhava / Alimentava de sonhos a minha Poesia...”
“Não importam as dificuldades a enfrentar, / Quando sou Dom Quixote a combater um moinho, / Enquanto tiver o seu braço para me apoiar, / Venceremos os abismos que houver no caminho...”
“Estaremos destinados talvez / A provocarmos no oceano do amor maremotos? / Será que, quando nos amarmos pela primeira vez, / Os teus lábios me provocarão terremotos?”
“Tuas palavras de amor / Jamais foram ditas, / Mas quase posso ouvi-las, / Nesse silêncio avassalador / Quando suavemente me fitas / Com essas tuas rútilas pupilas...”
“Será que não vedes / Que essas paredes / Que nos separam / São apenas ilusórias? / Será que não notais / Que as distâncias abissais / Que entre nós se deparam / São só lendas e velhas histórias?”
“E em mais um ano que hoje completo, / De presente, tiras todas as tuas vestes, / Mas só não ficas nua por completo, / Porque esse sorriso lindo sempre vestes.”
“Como pode um sorriso ter tanto poder, / A ponto de ressuscitar sentimentos mortos, / E fazer a primavera de novo florescer / Sobre o inverno, que congelara meus portos?”
“Reconstruí todas as pontes / Que a teus caminhos me levavam, / Retirando delas as curvas / Que cruzavam abismos sem fim...”
“E hoje, tudo o que eu queria era me esquecer / Daquela noite, na qual me deste adeus, / Dessa lembrança, que não quer desvanecer, / Últimos resquícios que ficaram dos sorrisos teus...”
“Desvende esse mistério / E diga o que me acontece, / Por que cada vez que bebo, / Fico outra vez encantado, / Loucamente apaixonado / E doido para ficar com você?”
“Tento te esquecer, mas descobri que é impossível! / Onde havia tantas cores, hoje não há mais nenhuma, / E somente em teus filmes, ainda te vejo e ouço tua voz, / A história de minha vida virou um rabisco ilegível, / A melancolia que me preenche cada vez mais se avoluma, / Debaixo dessas tristes sombras que restaram de nós...”
“Há muito tempo já não ouço sua voz, / Ao silêncio você se recolheu, / Já não existe o que houve entre nós, / O nosso amor se perdeu / Na sarjeta, / Era apenas uma esquálida / E pálida / Crisálida, / Que, em vez de virar borboleta, / Morreu!”
Número de páginas | 390 |
Edição | 1 (2020) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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