O Ritual Safira Estrela

A Magia Sexual de Aleister Crowley

Por Fernando Liguori

Código do livro: 227040

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Filosofia, Religião, Filosofia / Religião, Mente & Corpo, Metafísica

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Sinopse

Mais curioso do que possa parecer, uma análise acurada do RITUAL SAFIRA ESTRELA ou LIBER XXXVI – publicado pela primeira vez em 1913 em O LIVRO DAS MENTIRAS, também conhecido como LIBER CCCXXXIII – ainda não foi produzida. Seu Arcano continua oculto para muitos thelemitas. A publicação dessa instrução oficial da A∴A∴ provocou uma reviravolta na jornada espiritual de Aleister Crowley (1875-1947): ele foi admitido ao IX° Grau da Ordo Templi Orientis, O.T.O. Este evento iria definir seu caminho daquele momento em diante. Para um magista isso não se trata de mera coincidência. Crowley considerava cada livro seu publicado um talismã mágico de poder e por conta disso ele levava em consideração as melhores conjunções astrológicas para a publicação de seus livros. Nós podemos dizer com segurança que O LIVRO DAS MENTIRAS encantou Theodor Reuss. Eu discorri bastante sobre esses eventos no primeiro volume das CRÔNICAS DA O.T.O. e ao leitor eu recomendo estudo.

Quando procuramos compreender o simbolismo do RITUAL SAFIRA ESTRELA, talvez a pergunta mais óbvia que se levante é: por que safira? A safira é uma pedra preciosa que, como seu irmão, o rubi, é uma espécie de coríndon. A safira é uma pedra consagrada a esfera de Binah na Árvore da Vida, a Mãe Negra. Binah é identificada como um grande mar negro, um menstruum ou fluído de possibilidades. A safira, dessa maneira, trata-se de uma pedra de água preciosa. Essa é a primeira pista do ritual. Tanto o rubi quanto a safira têm um asterismo em seu corpo que provoca no olho de quem vê um efeito que se parece com uma estrela de seis raios. Por conta disso, existe nesses dois rituais thelêmicos, o RUBI ESTRELA e SAFIRA ESTRELA, o simbolismo do hexagrama. No RUBI ESTRELA, os pentagramas são invocados para produzir no centro-coração o hexagrama. Mas no SAFIRA ESTRELA é diferente.

A segunda pergunta óbvia acerca desse ritual é: para que serve o SA-FIRA ESTRELA? Ele é considerado um ritual do hexagrama. Genericamente, a informação que todos transmitem é que Crowley o escreveu para suplantar o Ritual Menor do Hexagrama, da mesma maneira que fez com o RUBI ESTRELA, formulado para suplantar o Ritual Menor do Pentagrama. Dessa forma, considera-se que o SAFIRA ESTRELA esteja para o RUBI ESTRELA como o Ritual Menor do Hexagrama está para o Ritual Menor do Pentagrama. Mas diferente do pentagrama, que é um símbolo utilizado para manipular, unir e encarnar as forças elementais, o hexagrama é um símbolo que une o micro com o macrocosmo. Dessa maneira é seguro dizer que o ritual do pentagrama atua no eixo horizontal da encruzilhada vibracional e o ritual do hexagrama no eixo vertical: e na coluna flameja o esplendor de seis raios.

No RITUAL SAFIRA ESTRELA, dessa maneira, é possível ver a ascensão do magista e a materialização do divino, encerrando o processo da dualidade, quando o Adepto encarna a Luz mais Oculta. Isso pode ser inferido como o trabalho do Sagrado Anjo Guardião operando em Tiphereth – e este é o simbolismo transmitido pelo hexagrama cujo número é seis – caminhando em direção ao Macroprosopus nas Supernas, onde cessa toda dualidade produzindo a singularidade, velada na fórmula ARARITA. Sobre o hexagrama, Crowley escreveu: mas o Hexagrama é em sua maior parte um detalhe da Fórmula da Rosa e da Cruz.

O RITUAL SAFIRA ESTRELA, em uma primeira análise, consiste do alinhamento entre o micro e o macro ou a reconciliação dos opostos que produz, através do casamento místico, algo novo. Mas para entender a relevância desse processo, nós teremos de dissecar o RITUAL SAFIRA ESTRELA.

Características

Número de páginas 124
Edição 1 (2017)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Estucado Mate 150g
Idioma Português

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Fale com o autor

Fernando Liguori

Meus respeitos a sua ancestralidade.

Vou me apresentar: meu nome é Táta Nganga Kamuxinzela e eu sou um «buscador» da espiritualidade. Eu tenho feito isso pelos meus últimos trinta anos. Por vinte anos estive inserido na cultura e filosofia thelêmica e fui instrutor da Astrum Argentum por um bom tempo, até me retirar dos trabalhos externos da Grande Ordem em 2017 e.v. Em 2001 e.v. fui iniciado na Ordo Templi Orientis (O.T.O.) pelo Califa em cargo do Ritual Minerval, Frater Sorath 666 (Carlos Raposo). Tenho mais de 20 títulos publicados nas áreas de Thelema, Qabalah Hermética, Tantrismo e Magia Sexual, Yoga e Āyurveda, todos disponíveis no site do Clube de Autores. Sou fardado no Santo Daime deste 1999, uma tradição ayahuasqueira brasileira.

Hoje me concentro na Quimbanda e todo o meu trabalho sacerdotal envolve o cosmos de Exu e Pombagira, os espíritos Ganga da feitiçaria tradicional brasileira. A página do meu sacerdócio é @covadecipriano, onde todo o conteúdo é concentrado na expansão do Reinado do Chefe Império Maioral.

Sou aprontado Táta-Nganga na Quimbanda Nàgô (Nação de Exu Gererê) e Alufá na Quimbanda Mussurumin (Nação de Exu Rei Kaminaloá) pelo Táta Nganga Melembu Mikunga wa Exu 7 Catacumbas, discípulo de Táta Nganga Kilumbu wa Exu Marabô (@quimbandamarabo). Sou iniciado na Kimbanda Malei (Nação de Exu Rei das Sete Encruzilhadas) por Táta Kilumbo, que hoje também cuida de minha espiritualidade na Quimbanda Nàgô e Quimbanda Mussurumim.

Sou iniciado em Iṣéṣé Làgbà, o Culto Tradicional Yorùbá (feito em Èṣú òrìṣà) e no Culto de Égúgún, onde respondo com o nome de Ojewale. Também sou iniciado em Ifá (família Ifatokun @ile_ase_ifatokun) com autorização de meu Awo para oracular por meio do Ọpẹlé Ifá e realizar Ẹbọ.

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