#MESAdePOESIA (o acaso nos livra do descaso) - 3ª Ed. Prefácio/posfácio:D.Everson/D.Rebelo/Bruxana/O Despoeta.
O agreste da nação Pernambuco é o local onde eu brotei. Vim para o mundo através de uma barriga desconhecida, e também de um local de nascimento mais desconhecido ainda, porém fui registrado como cidadão Bizarrense. No início dos anos 2000 comecei a minha saga nas trilhas da poesia marginal. Inspirado nos panfletos do bardo Célio, que já era um militante da causa há tempos. Praticamente na mesma época retomei os vínculos de amizade com Jimmy Marcone, amigo desde os tempos de ensino médio (...) O livro torna-se uma feijoada literária ainda mais complexa ao ser adicionado ao ingrediente subversivo (voltou a moda falar assim), Célio Lima Limão, várias pitadas de Jimmy Marcone. Com Jimmy Marcone o verso toma outra amplitude: o poeta vai buscar nas entranhas de sua mente, singularíssima, provocações. Sua poesia às vezes caótica, outras vezes uma porrada no juízo, precisa ser lida com cuidado. O poeta viaja da veia nordestina para os gases das estrelas. Para Jimmy não existem medidas, fórmulas e receitas: ele cozinha o verso do jeito que lhe dá na telha. É desse encontro de magos com poções do bruxo Jimmy versus bruxo Célio, repente moderno, parido por guardanapos virtuais, que o livro foi gestado entre 2014 e 2020 - em meio a novíssima pandemia que reduziu a praga humana a praga política. Que o leitor deleite-se com esse duelo e seja atingido no coração pela bala da palavra - verso soprada pelos ventos agrestes (...) Célio tem a poesia mais louca e ousada que conheço, seus textos parecem mensagens de outro mundo, ele tem um dicionário próprio, o tipo de poesia que você bate o olho e nem precisa perguntar quem escreveu. Jimmy Marcone também tem sua marca em seus versos, sua poética é tão viva que ao ler você tem a sensação de que ele está do seu lado ditando cada palavra; o universo que ele cultiva é bem próximo ao que tento fazer, é como uma alma gêmea literária. Célio Lima enquanto provocador cultural consagrado, organiza o FDP bem antes de eu aprender a escrever ou falar. Nossa parceria tem sempre uma forte ligação, fizemos vários projetos juntos, é ele, junto com outros parceiros, ou muitas vezes até sozinho, quem agita a cena poética do agreste. Já Jimmy, é um multiartista que faz desde palhaçaria até produção audiovisual, talvez fosse preciso um livro para falar das coisas que esse garoto faz; o projeto “Livre-se” mostra uma nova estratégia de alcançar novos leitores, e tive a honra de participar, num evento organizado também por Célio e a "matutada" do FDP, a troça Ana Conservadora (Tap).9 Foi uma festa memorável, e não sabíamos que era uma despedida temporária dos eventos devido a pandemia, entretanto, nos divertimos bastante, e olhe que eu não gosto de carnaval. Esse livro veio recheado do melhor dos dois poetas que iluminam as mentes humanas sem cobrar qualquer dizimo, apenas oferecendo um livro para você passar sua quarentena na frequência quase alienígena desses dois gênios da literatura no Agreste. Você não será mais a mesma pessoa depois de ler esse trabalho, será tomado por cada palavra, frase, verso. Destes artistas que a meu ver, são celebres representantes da cultura do interior do estado. (Daniel Andrade/Urbano Leafa)
Número de páginas | 56 |
Edição | 3 (2020) |
Formato | Pocket (105x148) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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