Chamam-se Guerras Púnicas (do latim poeni, fenícios) as três guerras travadas entre Roma e Cartago (do fenício Kart hadasht, cidade nova) a partir do século III a.C. Estava em jogo o domínio do Mediterrâneo. Da “Guerra de Cem Anos” travada entre Cartago e Roma analisaremos como os cartagineses poderiam ter melhor enfrentado a política de “Guerra Total” romana, guiando-nos pelos conceitos de Karl von Clausewitz na sua obra “Vom Kriege” (Da Guerra). Analisaremos também, guiados pelos conceitos de Sun Tzu na sua obra “A Arte da Guerra” e de Julian Stafford Corbett no seu “Some Principles of Maritime Strategy”, como os cartagineses poderiam, desde 264 a.C., terem privilegiado o emprego de uma estratégia de aproximação indireta valendo-se, principalmente, da sua inicial superioridade marítima. Vamos considerar, para tornar possível a próxima simulação, que o poder político de Cartago teria entendido o risco de viver à sombra de Roma. Entenderiam que, apesar da vocação de seu povo (de origem fenícia) ser essencialmente mercantilista, não conseguiriam continuar a praticá-lo pacificamente, no caso do senado romano decidir expandir seu território para além da península Itálica. E assim, antes tarde (porque há muito tempo poderiam ter conquistado toda a Sicília, envolvida nas guerras gregas) do que nunca decidiriam por uma guerra total contra Roma.
Número de páginas | 60 |
Edição | 1 (2024) |
Idioma | Português |
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