Filhas do Segundo Sexo

Por Jardim

Código do livro: 193924

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Literatura Nacional, Poesia

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Sinopse

Quem conhece o Sergio Almeida e procura lógica entre o que escreve e o que pensa, desista, pois será uma tarefa inglória e, certamente, acabará sucumbindo sem respostas.

Quem tiver o desejo de identificar o que move o Sergio e buscar alguma coerência ou alguma razão no que escreve, esqueça, pois encontrará tantas respostas que vão sobrar dúvidas.

O que escreve habita entre a dúvida e o momento da decisão. É neste pequeno espaço do pensamento, do inconfessável que Sergio brinca com as palavras e faz o leitor tropeçar nos pensamentos subterrâneos.

O poeta desfila “pessoas esfinges” que trazem sinais do tempo, das emoções e das forças que movem os seres. A busca pelo prazer ou simplesmente pelo deserto do dia seguinte. Sergio busca nas vísceras dos seres que habitam o seu poema os elementos do mundo contemporâneo. E, ao contrário do processo de mumificação dos faraós, onde o cérebro era retirado pelo

nariz, Sergio retira os versos. Prefere a frieza do vazio para mostrar o avesso.

Leia e tente decifrar como Édipo desvendou os segredos da esfinge. No entanto tenha cuidado para não ser devorado pelas FILHAS DO SEGUNDO SEXO.

Características

ISBN 9788561430009
Número de páginas 124
Edição 2 (2015)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 80g
Idioma Português

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Fale com o autor

Jardim

Dizer quem somos soa estranho, como se estivéssemos completos, finalizados, como se a vida fosse linear e não a permanente e constante mutação em processo que encarnamos.

Sou apenas um bardo. Nada além daquele que quero ser. Nada aquém daquele que fui. Resultado de tudo aquilo que senti, tudo aquilo que criei, das histórias que inventei, dos sentimentos que fingi, daquilo que sofri, daquilo que ganhei. Um brinquedo nas mãos da matemática do caos.

Me faço poeta para libertar as emoções que estão aprisionadas nas masmorras da alma, refugiar-me dos meus demônios. Na guerra eterna de todos os dias, na guerra desigual de todas as noites. Sou a soma de tudo o que vivi e que sonhei, um colecionador dos resultados que os dados do acaso fornecem.

O jardim é uma tentativa humana de organizar a natureza, ordenar o desordenado e também uma alternativa para organizar e conciliar a metamorfose das emoções, ordenar as leituras de mundo, decifrar a própria existência. Mas Jardim também é aquele que me habita, meu alter ego que assina estas poesias. Um pedaço de mim que se aventura pelos portais onde nunca me aventurei. Aquele que enxerga até onde meus olhos não alcançam. Aquele que se traveste de sonhos e prova sua íntima parcela de morte e de vida. Aquele que espera e conquista. Que chora e sorri. Minha âncora, meu sangue, minha sede. Em sua incandescência a nomear as coisas, apagar as sombras, revelar o íntimo das palavras. Meu maior patrimônio são os meus versos, com eles construo meu jardim.

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