Crônicas do amor impossível

Por Jardim

Código do livro: 238202

Categorias

Literatura Nacional, Poesia

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Sinopse

Mário de Andrade definiu para sempre: amar é verbo intransitivo.

O amor atrai pela promessa do bem, mas cutuca uma ferida

narcísica: expõe nossa carência, nossa incompletude. Quando

amamos, sofremos porque vemos no outro tudo o que nos falta e

queremos. Sofremos porque temos medo de que o outro nos

abandone, levando consigo uma parte nossa que nos desabita. Se não amamos, sofremos porque não temos com quem compartilhar o que temos. Se não somos amados, não adianta ter o que compartilhar.

Crônicas do Amor Impossível mostra a corrosão que o amor

provoca no outro lado. O que quebra na engrenagem do outro, os escombros pós-explosão e o que restou. Sem sonhos e sem

conselhos o livro fala de amor. Preso no labirinto desse sentimento tenta uma fuga, pois, ao mesmo tempo em que há uma desconstrução, surge uma possibilidade do novo, da superação. E é justamente nesta superação que o autor tenta fazer o seu voo. No entanto, como no voo de Ícaro, é também uma experiência dolorosa.

Convido-o a fazer a travessia neste deserto cheio de tesouros.

Entretanto, tenha cuidado para não se deixar atingir pelo brilho do Sol que pode destruir qualquer chance de voo.

Características

ISBN 978-85-7976-064-8
Número de páginas 128
Edição 1 (2017)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 80g
Idioma Português

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Fale com o autor

Jardim

Dizer quem somos soa estranho, como se estivéssemos completos, finalizados, como se a vida fosse linear e não a permanente e constante mutação em processo que encarnamos.

Sou apenas um bardo. Nada além daquele que quero ser. Nada aquém daquele que fui. Resultado de tudo aquilo que senti, tudo aquilo que criei, das histórias que inventei, dos sentimentos que fingi, daquilo que sofri, daquilo que ganhei. Um brinquedo nas mãos da matemática do caos.

Me faço poeta para libertar as emoções que estão aprisionadas nas masmorras da alma, refugiar-me dos meus demônios. Na guerra eterna de todos os dias, na guerra desigual de todas as noites. Sou a soma de tudo o que vivi e que sonhei, um colecionador dos resultados que os dados do acaso fornecem.

O jardim é uma tentativa humana de organizar a natureza, ordenar o desordenado e também uma alternativa para organizar e conciliar a metamorfose das emoções, ordenar as leituras de mundo, decifrar a própria existência. Mas Jardim também é aquele que me habita, meu alter ego que assina estas poesias. Um pedaço de mim que se aventura pelos portais onde nunca me aventurei. Aquele que enxerga até onde meus olhos não alcançam. Aquele que se traveste de sonhos e prova sua íntima parcela de morte e de vida. Aquele que espera e conquista. Que chora e sorri. Minha âncora, meu sangue, minha sede. Em sua incandescência a nomear as coisas, apagar as sombras, revelar o íntimo das palavras. Meu maior patrimônio são os meus versos, com eles construo meu jardim.

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