O plano naval de Napoleão para 1805 era o de que a esquadra francesa do Mediterrâneo e parte da esquadra espanhola rompessem o bloqueio britânico e se reunissem no Caribe. Elas então retornariam, auxiliariam a esquadra em Brest a sair do bloqueio e, juntas – cerca de 50 navios de linha -, garantiriam uma passagem segura para a frota francesa de invasão à Grã-Bretanha. Antes da batalha de Trafalgar, o almirante francês Villeneuve expressara sua convicção de que Nelson usaria algum tipo de ataque heterodoxo, especulando que aquele se dirigiria direto contra sua linha. Mas, temendo que seus inexperientes oficiais fossem incapazes de manter a formação em mais de uma coluna de esquadrões, ele optou por manter a esquadra francesa espanhola numa linha única, o que foi ao encontro do plano britânico. Imaginar algo diferente para a manobra britânica é difícil, considerando a fama obtida por Nelson. Portanto, vamos tentar testar se teria sido possível a Villeneuve, junto com o espanhol Gravina, reverter o resultado histórico, tornando-se mais digno de fazer constar seu nome no Arc de Triomphe. Em linhas gerais vamos seguir as ideias originais pensadas pelo almirante francês, contando com a audácia e a destreza do almirante espanhol - um estudioso das táticas navais britânicas -, efetivando algumas adaptações em função de nossos estudos prévios em nosso livro “Batalhas navais nas Guerras Revolucionárias Francesas, 1792 a 1815”.
Número de páginas | 60 |
Edição | 1 (2021) |
Idioma | Português |
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