Arca de Gutenberg

Por Rui Werneck de Capistrano

Código do livro: 151211

Categorias

Adulto, Aventura, Mistério E Detetive, Humor, Literatura Nacional

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Sinopse

ARCA DE GUTENBERG

Está tudo acontecendo de novo como novidade e vejo na janela o ar entrando em lufadas prodigiosas como se fosse maná. As árvores gorjeiam carregadas de gotas frias da chuvarada de Verão e os pássaros pegam insetos arriscando no ar acrobacias derivadas de antigos rituais indígenas. Tudo pede canto e não sei cantar, mas minha alma canta sem ver o Rio de Janeiro. Canta porque o meu cantinho e o encantamento existem. Um pássaro bicou no ar um naco de Natal e pousou com ele no fio de luz ou de tevê a cabo. Agora digere minhas lembranças em azul de menino de rua sem asfalto, de gaiola e alçapão, de bola de capotão, calça remendada – e manda para baixo um míssil eivado de meus desgostos atuais. Estou iluminadamente sóbrio, atento, leoninamente leve, alegre, pleno de inquietude. Vivo neste romance de amor — às palavras. Escolho colher na árvore da vida o fruto mais saboroso e do galho mais alto. Com as mãos. A natureza está toda lavada agora. Esfregada com o mais aromático galho de arruda, temperada com manjericão fresco e ungida de uma esperança de versos. Tudo do quintal. Tiro do meu próprio pulsante rio sanguíneo um peixe de luz que se debate apontando para o infinito. Seu nome popular é INQUIETUDE, do nobre latim inquietudine.

Arca de Gutenberg... Um hino de amor às palavras. Um romance 3 em 1, com direito a Ed McBain, Schopenhauer, J. L. Borges, Rimbaud, G. K. Chesterton, Tristram Shandy, George Orwell, N. Hawthorne, R. L. Stevenson, Conan Doyle, e muitos outros autores que interferem no romance e o fazem deslizar por muitos capítulos de alta rotação literária.

Entre de cabeça fresca e pronto para se entreter e se divertir.

Características

Número de páginas 237
Edição 1 (2013)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 90g
Idioma Português

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Fale com o autor

Rui Werneck de Capistrano

Fala, Sérgio Fantini!

Em 1986 vi na seção de cartas da revista Primeiros Toques (da Brasiliense – uma geração se formava àquela época...) o anúncio de um livro de frases e desenhos em forma de talão de cheques. Enviei meu Carapuá pros autores e recebi, em seguida, Bife Sujo & Cia, dos curitibanos Rui Werneck de Capistrano e Neri Gonçalves da Rosa.

Nascia uma correspondência – e uma amizade – que dura até hoje.

Em 1992 Neri faria os desenhos pro meu Cada um Cada um, um de meus livros mais bonitos, graficamente (contou tam-bém com o luxuoso auxílio de Juarez Gonçalves na produção gráfica e a competência – e paciência – do bom e velho Edvaldo “Queiroz”), e que, apesar de alguns elogios inesquecíveis, como de Tião Nunes e Uilcon Pereira, não teve maior repercussão.

Já o Werneck tornou-se uma referência importante para mim, inclusive no nível pessoal. Além de publicar poemas meus em algumas versões do zine Bife Sujo, convidou para sentar à sua mesa, providenciou as geladas e quase não me deixa pagar a conta.

Não vou minutar a biografia do RWC aqui, mas alguma coisa vale a pena destacar.

Peladeiro, ganhou campeonatos; sinuqueiro, bate taco com cobras de nível nacional; publicitário, é autor de ideias que se tornaram matéria obrigatória no meio; pai, tem quatro filhos (uma delas é top model em São Paulo, agência Elite, hoje); gravou CD com Striq e fez letras para banda punk de Porto Alegre – Pupilas Dilatadas; cervejeiro, é das melhores companhias que conheço; leitor e ouvinte de música, tem uma erudição fudida; amigo, é amigo de seus amigos.

Alguns muitos anos depois de trocarmos as primeiras cartas, nos conhecemos pessoalmente numa Bienal do Livro em São Paulo, onde ele morou por algum tempo. Depois desse, acho que nos encontramos apenas umas quatro vezes: em São Paulo, onde fui lançar (...), em Curitiba, onde fui lançar meu Coleta Seletiva, em BH, onde ele veio passear com a namorada, em São Paulo, onde fui participar da Primavera dos Livros. Acho que é só.

Alguém brincou que, como Obelix, que caiu num caldeirão de poção mágica quando era criança, Werneck caiu num tanque de aditivos.

Por profissão é publicitário há 33 anos. Fez campanhas em Curitiba que serviram de exemplo para o Brasil: Lixo que não é lixo não vai pro lixo – SE-PA-RE e a do ônibus Ligeirinho. Ajudou a consagrar Curitiba como a Capital Ecológica do Brasil, repercutindo no mundo!

E mais, vejamos: contista, premiado no concurso do Paraná (o primeiro curitibano depois de Dalton Trevisan, 20 anos depois do mestre), com o excelente livro Máquina de Escrever; é frasista, consagrado nos jornais de Curitiba, no Pasquim e em livros, como o já citado Bife Sujo; é cartunista e pintor, tendo participado várias exposições; é novelista, com apenas um livro publicado, O Conselho; publicou ao todo nove livros por conta; é poeta, tendo faturado diversos prêmios nacionais.

Desde o ano passado, 2003, é também blogueiro do UOL.

Com certa regularidade, visito alguns blogs muito bons, caras cujo trabalho admiro e que conseguem manter páginas de alta qualidade. São diálogos que me colocam diante de alguns dos melhores escritores do Brasil.

Werneck é um deles. Diariamente ele alimenta seu blogue com frases, poemas, reflexões, fábulas, folhetins, cartuns, fotografias, o diabo-a-quatro. É um blog muito bem cuidado graficamente, com um conteúdo apaixonante.

E agora te faço um convite: vá agora mesmo (ou quando você tiver tempo) visitá-lo. Seria impossível dar exemplos do que você encontrará lá, mas se você gosta de frases de humor inteligente, poesia, prosa, artes gráficas, bom papo, tenho certeza de que esta não será sua última visita.

Millôr Fernandes era fã desse blog. Boa companhia, não?

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Comentários

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1 comentários
Vanessa Sant'Anna da Silva
Segunda | 16.09.2013 às 17h09
Uau Rui! Que legal! adorei a maneira como vc escreve! Sua linguagem é clara, limpa e explícita! Parabéns pelo livro, e que esta seja uma nova etapa em sua vida. Uma etapa maravilhosa! Sorte e Sucesso, e que Deus te abençoe! Vanessa. https://www.clubedeautores.com.br/book/150168--Instabilidade_O_mal_da_Humanidade