A Igreja e o Império

Um esboço da História da Igreja: de 1003 d.C. a 1304 d.C

Por Dudley Julius Medley (Autor); Ariel Placidino Silva (Editor)

Código do livro: 702916

Categorias

Historiografia, História & Teoria, História E Filosofia, Vida Cristã, Teologia, Geografia E Historia

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Sinopse

O período de três séculos que forma nosso tema é o período central da Idade Média. Seus interesses são múltiplos; mas quase todos se concentram na grande luta entre o Império e o Papado, que dá à história medieval uma unidade notavelmente ausente em tempos mais modernos. A história da Igreja durante esses trezentos anos é mais política do que em qualquer outro período. Para entender a razão disso, será bom no início esboçar em linhas gerais as teorias políticas propostas na Idade Média sobre as relações entre Igreja e Estado. Só assim podemos evitar a inevitável confusão mental que deve resultar do uso de termos familiares na vida moderna.

O pensamento medieval, então, retirando seus materiais de fontes romanas, germânicas e cristãs, concebeu o Universo como Civitas Dei, o Estado de Deus, abrangendo tanto o céu quanto a terra, com Deus como a fonte, o guia e o objetivo final. Agora, este Universo contém várias partes, uma das quais é composta pela humanidade; e o destino da humanidade é identificado com o de Cristandade. Daí se segue que a humanidade pode ser descrita como a Comunidade da Raça Humana; e a unidade sob uma lei e um governo é essencial para a realização do propósito divino.

Mas essa própria unidade do Universo inteiro dá um duplo aspecto à vida da humanidade, que tem que ser vivida neste mundo com vista à sua continuação no próximo. Assim, Deus designou duas Ordens separadas, cada uma completa em sua própria esfera, uma preocupada com a organização dos assuntos para esta vida, a outra encarregada da preparação da humanidade para a vida por vir.

Mas esse dualismo de lealdade estava em conflito direto com a ideia de unidade. As duas Ordens separadas foram distinguidas como Sacerdotium e Regnum ou Imperium; e a necessidade sentida pelos pensadores medievais de reconciliar esses dois na unidade superior da Civitas Dei começou especulações sobre a relação entre as esferas eclesiástica e secular.

Características

Número de páginas 240
Edição 1 (2024)
Formato 16x23 (160x230)
Acabamento Capa dura
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Ahuesado 80g
Idioma Português

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SacraTeológica

Quatro fatores deram azo a este projeto:

Primeiro, no que concerne à nobreza do cidadão, isto é, prover à sociedade o que está ao meu alcance, contribuindo assim para o desenvolvimento intelectual da mesma, da qual eu dependo, e da qual depende a provisão, de igual maneira, de cada um que a compõe. Isto, li e aprendi de Lélio a Cipião, em "A República" de Cícero, o orador latino.

Segundo, o entesouramento literário da nossa amada língua, conferindo voz a este idioma com obras de considerável repertório cultural, provendo a dimensão do conhecimento brasileiro e a profundidade em seu juízo. Nisto fui inspirado pelo testemunho do historiador judeu Flávio Josefo, que em sua "História dos Hebreus", ao relatar a tradução da Tanakh para o grego, louvou a Deus pela contribuição da Septuaginta para o idioma helênico.

Terceiro, o modo como se preza e valoriza aqueles que, com tanta devoção, se prestaram a servir, honrando-os ao mantê-los em memória, perpetuando suas obras entre nós. Homens dignos de nosso crédito pelo mérito de exercerem com magistral habilidade seus talentos. Que seu exemplo nos inspire para que, da mesma forma, ofereçamos a satisfação do que o tempo nos requer. Disso, aprendi de Sócrates, o sábio grego, que - segundo as palavras de Xenofonte em sua "Apologia" - não deixou de expressar de onde tomava seu consolo diante da morte: que, após a vida, há gozo em reencontrar aqueles que em vida o proveram de conhecimento.

Quarto, e último, para mim de maior significância, pois cruza a limítrofe do perpétuo e adentra a dimensão do que é eterno. É o fato de poder oferecer à Igreja os pensamentos e os testemunhos daqueles que, pelo dom investido, se fizeram necessários àquilo que orientou o decurso de seu berço e sagrada missão. Apontando o que se infere de seus resultados - que Nosso Senhor nunca deixou de guiá-la, repreendê-la e ensiná-la. Disso erigiu meu intento, e nisso descansa meu propósito. Pois há um chamado entre nós que visa à edificação daquela que nos acolhe (Efésios 4:12).

Que sejais vós, que me assistis, testemunhas contra ou a favor de mim no que tange ao comprometimento do que entendo por obrigação. Poder ver, sob esses quatro propósitos, que não faço nem ouso passar a vida em vão; antes, depreendo-me a todo zelo em cumprir o que a dádiva deste tempo me confiou. Isso reconheço, como de igual modo entendo que isso há de exigir o usufruto do que gozo. Não me valer dos recursos em mãos é negar os fins de minha existência, que, enfim, compreendi, nasci para encarar. Pois sou cônscio de que aquele que me legou as sementes para semear voltará e há de me requerer os frutos da boa terra que me outorgou (Mateus 25:14-30).

Quanto ao sucesso deste empreendimento, creio não consistir no número de vendas, mas, como ensina em suas "Confissões" o mestre Agostinho, pai dos teólogos - que confessa ser ensinado pelo Logos, Pai dos mestres - o julgamento se dará sobre a disposição dos frutos, isto é, sobre a sinceridade que se devota a uma obra, não pela existência da dádiva, pois esta, de nós, nunca procedeu, mas sempre foi procedida daquele que tudo nos concedeu!

Eis então, amados irmãos, aos quais devo a vida em servir. Os frutos de meu culto racional (Romanos 12:1)!

Que ressoe, enfim, o eco daquela voz que nos move!

Comentários

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1 comentários
Ariel
Quinta | 25.07.2024 às 14h07
Graça e Paz, irmãos! Venho apresentar mais alguns títulos que tive a graça de republicar em nome de nosso resgate literário. Essa coleção, como as outras desta série, foi pensada para a prateleira e leitoril dos que se dedicam a arte do saber histórico eclesiástico. Essa coleção se propõe a fornecer um conhecimento pouco explorado. Quando abordada por pesquisadores de renome (autoridades no assunto), logo percebe-se que esta coleção torna-se indispensável para qualquer um que se dedique a entender as doutrinas, nuances, características e influências que a igreja assumiu ao decorrer de sua história, em variados tempos, em diversas regiões, em múltiplas circunstâncias e sob inúmeras adversidades. Isso requereu dos cristãos a confiança em sua dependência na orientação divina, frente a qualquer desafio que, pela necessidade, seu contexto impunha. A coleção é um panorama histórico da igreja cristã, de fato, é uma viagem no tempo - como deve ser a narração deste nicho. Espero que todos possam apreciar a hábil arte da historiografia eclesiástica. Hoje, essa área é muito solicitada, mas pouco fornecida! Boa leitura e bom proveito a todos!