De Constantino a Justiniano, a história da cidade pode ser rapidamente percorrida, pois nenhum grande construtor se colocou entre eles para rivalizar com seu trabalho. Foi em 11 de maio de 330 d.C. que a cidade de Constantino foi dedicada e recebeu o nome de Nova ou Segunda Roma. Trono no Hipódromo, sempre para ser o centro da vida bizantina, Constantino deu graças a Deus pelo nascimento desta bela cidade, a filha (assim escreveu S. Agostinho), por assim dizer, da própria Roma. Grandeza, riqueza, dignidade, ele poderia dar à sua nova cidade: mas antes de morrer, era evidente que ele não podia legar a ela um legado de paz.
Há mais de dois mil e quinhentos e cinquenta anos, uma pequena frota de galés labutava dolorosamente contra a corrente até o estreito longo do Helesponto, remou através do largo Propontis e ancorou-se nas águas lisas da primeira enseada que corta o rio. Costa europeia do Bósforo. Lá, um longo riacho em forma de meia-lua, que depois passou a ser conhecido como o Chifre de Ouro, atinge o interior por sete milhas, formando um remanso silencioso do fluxo rápido que passa do lado de fora. No promontório, cercado por essa enseada e pelo mar aberto, algumas centenas de colonos desembarcaram e se apressaram em se proteger das tribos selvagens do interior, fazendo uma espécie de barreira contra o solo, da praia à praia.
Os colonos eram gregos da raça dórica, nativos do próspero estado portuário de Megara, a mais empreendedora de todas as cidades de Hellas no tempo de expansão colonial e comercial que estava então no auge. Onde quer que uma proa grega tenha entrado em águas desconhecidas, marinheiros megalíacos foram logo encontrados em seu rastro. Uma banda desses comerciantes aventureiros empurrou longe para o Ocidente para plantar colônias na Sicília, mas a maior parte da atenção de Megara foi voltada para o nascer do sol, em direção à entrada envolta em névoa do Mar Negro e das terras fabulosas que ficavam além. Lá, como lendas contadas, era para ser encontrado o reino do Velocino de Ouro, o Eldorado do mundo antigo, onde reis de riqueza incontável reinavam sobre as tribos de Cólquida; ali moravam, às margens do rio Thermodon, as amazonas, as mulheres guerreiras que outrora atormentaram a Grécia por suas incursões; ali também se encontrava, se fosse possível lutar até a costa norte, a terra dos hiperbóreos, povo abençoado que morava atrás do norte.
Número de páginas | 291 |
Edição | 2 (2020) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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