"Ele é o tempo, por quaisquer noções temporais, em Si mesmo".
(Agostinho)
A história está sendo feita a cada dia, por nós e sobre nós.
As perguntas que fazemos aos mortos, somente nós mesmos podemos responder.
Não é um estudo de antiquário, embora trate muito do passado, pois a melhor vida do passado é o nosso presente.
O passado de que falamos é apenas a infância de nossa própria vida, de cujo progresso nos orgulhamos. Conhecer esta vida mais plenamente é o objeto da pesquisa histórica.
Dizem que o "passado está morto". O senado de Roma sobrevive; a igreja romana está em nosso meio; o município romano é o nosso município; os homens organizam-se como antigamente; lei e governo são antigas instituições; a justiça civil é uma evolução; a família é mais velha do que Abraão.
O presente é velho e o passado é o registro da juventude. Assim, nossa vida anterior continua até o presente. Mudou um pouco na forma e na força, mas ainda é a mesma.
A história constantemente deve ser reescrita. Na reescrita, novos tipos de história aparecem com novas ou alteradas ênfases. Com a evolução do conhecimento, o passado parece diferente para nós e descobrimos que o que parecia adequado tem que ser revisado.
Podemos admitir, portanto, que a história, ou o que quer que seja, é de qualquer forma uma espécie de conhecimento humano. Todo conhecimento indica uma aproximação de uma representação adequada para os objetos e não mudanças em seu próprio caráter.
Os eventos começam e terminam; homens nascem e morrem; eventos e homens desaparecem no passado de uma maneira e ordem inalteráveis. Mas não é o seu desaparecimento que constitui a existência deles no tempo, mas a sua história.
A criança torna-se um homem apenas deixando de ser uma criança.
A história humana é humana apenas na história. As esperanças e medos, as aspirações, a sabedoria e a loucura do homem compreendidos apenas à luz de sua carreira.
Só as almas das crianças e dos grandes artistas podem agora ouvir os ecos deste mundo há muito esquecido, da humanidade nascente, mas que ecoa, não raramente, na natureza resiliente, em um meio onde o espírito da cultura madura ergueu-se implacavelmente em torno do indivíduo.
Número de páginas | 193 |
Edição | 2 (2022) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
Tem algo a reclamar sobre este livro? Envie um email para [email protected]
Faça o login deixe o seu comentário sobre o livro.