Num mundo dominado pela eficiência, pela aceleração e pela obsessão em medir tudo, uma pergunta aparentemente banal abre uma fenda profunda: porque razão continuamos a vender ovos à dúzia. A partir desse detalhe quotidiano, Tomás vê se envolvido numa investigação inesperada ao descobrir um manuscrito deixado pelo avô António Lacerda, inteiramente dedicado ao número 12.
O que começa como curiosidade histórica transforma se numa travessia pelos fundamentos invisíveis da civilização. O 12 surge repetidamente na organização do tempo, do corpo, da religião, do comércio e do poder. Doze meses, doze horas, doze deuses, doze apóstolos, doze como forma de dividir sem resto. Não como superstição, mas como solução estrutural para repartir, organizar e equilibrar sem quebrar.
À medida que Tomás aprofunda a leitura, cruza se com outros investigadores e percebe que não está sozinho. A presença discreta dos Guardiões, uma confraria desmistificada cuja função é preservar equilíbrios invisíveis, revela que o maior risco da modernidade não é o erro, mas a eliminação completa do erro em nome da eficiência absoluta.
Confrontado com a escolha entre revelar o conhecimento ou silenciar se, Tomás compreende que ambas as opções têm consequências. A sua decisão final não é heroica nem definitiva: preservar o sistema, permitindo que o saber circule lentamente, fora da lógica da urgência e da exploração.
“12” é uma ficção ensaística que questiona a forma como contamos, medimos e organizamos o mundo.
| Número de páginas | 306 |
| Edição | 1 (2025) |
| Formato | A5 (148x210) |
| Acabamento | Brochura c/ orelha |
| Coloração | Preto e branco |
| Tipo de papel | Offset 80g |
| Idioma | Português |
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