Embora muito se tenha avançado em direção aos pressupostos que servem como base para uma educação de qualidade, pouco se tem dado saltos qualitativos quando o assunto é especificamente sobre os procedimentos de ensino.
A problemática acerca dos princípios metodológicos mais adequados para se trabalhar diferentes conteúdos de ensino tem gerado grandes discussões, devido à multiplicidade de pensadores que, ao longo da história, procuraram abordar o tema.
Somente para termos uma ideia dessa problemática, se, por exemplo, escolhêssemos o método dialético, deveríamos antes dizer se ele seria no sentido platônico ou hegeliano; por outro lado, caso optássemos pelo método transcendental, também deveríamos dizer se ele seria no sentido kantiano ou fenomenológico de Husserl; isso sem abordarmos o método criador de Nietzsche e o método de análise e síntese da geometria grega, como também os de muitos outros.
Nosso objetivo, porém, não consiste em entrar nessas problemáticas e nem tampouco tecermos considerações acerca da suposta eficiência dos métodos indutivos em relação aos dedutivos e vice-versa, mas apenas abordarmos alguns questionamentos que, talvez, possam nos ajudar a melhor compreender as relações substanciais existentes entre “metodologia participativa e formação para a cidadania”, dentro da atual conjuntura político-econômica, solidificada esta sob as bases da tecnociência com seus ranços positivistas.
A nossa primeira indagação consiste no fato de que:
1- Nós, educadores, muitas vezes por incapacidade de compreendermos as influencias sutis desses princípios na educação, utilizamo-nos, muitas vezes, de procedimentos de ensino que tem como objetivo “rotinizar o processo pedagógico”, castrando qualquer possibilidade de desenvolvimento da criatividade e da autonomia intelectual dos sujeitos da educação.
A segunda consiste no fato de que:
2- Em grande parte, desconhece-se que, para o Neotecnicismo, o método, em sentido geral, é definido como sendo “o caminho para a meta” e a metodologia, por sua vez, como sendo “o estudo dos melhores caminhos para poder-se alcançá-la”.
“Metodologia participativa e formação para a cidadania”, insurgem-se, assim, como sendo problemáticas de extrema relevância no presente século, apontadas por “Cassirer” como “a era das tensões e dos conflitos” e, por Edgar Morin, como “o momento para a educação para a paz”.
Nesse sentido, as condições para a participação ativa nos assuntos da “polis global” insurgem-se como uma espécie de imperativo para a qualidade e para o futuro da democracia diante da tirania do mercado.
ISBN | 978-1480014220 |
Número de páginas | 95 |
Edição | 1 (2012) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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