Este livro trata da economia baiana nos séculos XIX e XX, analisando a evidente contradição entre os números apresentados em suas estatísticas oficiais.
Em 2000, quando se apagavam as luzes do século XX a Bahia ocupava, segundo o IBGE, a sexta posição no ranking dos estados brasileiros relativamente ao produto interno bruto, e a 22ª no IDH, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano. Conforme esta mesma fonte, no sexto estado mais rico do país, a participação de pobres na população, medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior à metade do salário mínimo vigente, era de 55,3% e a desigualdade traduzia-se pelo índice GINI igual a 0,67, denunciando que, enquanto os 20% mais pobres ficavam com apenas 1,2% da renda gerada no Estado, os 20% mais ricos abocanhavam 70,2%.
Uma situação tão ruim como esta talvez não ocorresse se não tivéssemos perdido a trilha do desenvolvimento a partir do ano de 1763, quando a transferência do Governo Geral para o Rio de Janeiro retirou da então próspera província baiana a condição de capital política do país e todos os ganhos inerentes a esta condição.
Busca-se, desta forma, desmistificar um discurso muito em voga entre as elites baianas, notadamente dos governantes, que cria e consagra o grande factoide da Bahia rica, próspera e feliz.
ISBN | 978-8587325-17-4 |
Número de páginas | 529 |
Edição | 1 (2009) |
Idioma | Português |
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