Em síntese o livro “Versos e Prosas Entre Lírios e Rosas” consta de uma bela coletânea de poemas e prosas da poetisa paulistana, Carla Maria Simeone, radicada em Ouro Fino-MG. A obra conta ainda com dados biográficos da autora e uma pequena introdução, na qual revela sua ascendência italiana e a paixão pelas artes, uma possível herança genética da família “Simeone”, cujos membros, alguns deles internacionalmente renomados, brilharam no século XX no extenso universo das artes plásticas, assim como o pai, José Simeone, o avô, Angelo Simeone e o tio avô, João Simeone, que era irmão de Angelo.
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INTRODUÇÃO II
Nasci em São Paulo, num bairro aprazível da Zona Norte.
Desde menina já era apaixonada por livros, assim como sou até hoje, e o ateliê de meu pai, artista plástico José Simeone, era o reduto onde me refugiava. A famosa estante, repleta de livros, era para mim quase um templo onde a literatura se fundia com o lúdico numa fase de transição entre minha infância e minha pré-adolescência.
As artes plásticas nunca foram o meu forte. Porém, em contrapartida, vivia levando para o papel os meus escritos; coisas singelas como versinhos, pensamentos ou simples frases. Tudo era guardado na mesma estante, entre livros que mais tarde acabaram sendo doados.
Os livros se foram. Com eles os meus escritos e o meu entusiasmo.
Mas creio que, no mais profundo de minha alma, existia uma chama acesa. Numa manhã de domingo lancei mão de um caderno e uma caneta e pus-me a escrever. Foi então que, de uma aglomeração de palavras, surgiu um poema de versos brancos. Aliás, o mesmo encontra-se incluso na coletânea publicada neste livro. Isso se deu cerca de quatro meses antes do início da Pandemia de Covid-19. Durante a mesma, escrevi para preencher o tempo em que ficamos reclusos. Foi nesse período que dei início a algumas sessões de psicoterapia com a psicóloga e psicanalista, Regina Elia, da qual recebi grande incentivo e motivação durante os encontros. Cerca de um ano depois participei de um evento cultural em Ouro Fino, cidade onde resido atualmente. Tratava-se de uma “Feira de Artes” promovida e organizada por Angelo João João Zuconi, artista plástico e arquiteto ouro-finense. Foi então que participei com o poema (Versos para Ouro Fino) em homenagem a essa bela cidade montanhosa do Sul de Minas Gerais.
Foi, também, nesse mesmo final de semana que conheci o carismático escritor, Laércio J Carvalho, que dava início ao seu novo livro, “Primeira Feira Cultural de Ouro Fino”, uma antologia do evento cultural realizado por Angelo Zucconi.
Com seus trabalhos já em fase de conclusão, Laércio ofereceu-me gentilmente a oportunidade de inserir meu poema no capítulo referente às artes literárias e eu aceitei de pronto. Nesse ínterim, comecei a participar de vários eventos literários (poesias) nas redes sociais e acabei me filiando a alguns grupos virtuais e a algumas academias, dos quais tenho participado atualmente apresentando poemas e interagindo com nobres confrades e confreiras, dando meu quinhão para a arte que considero uma das mais fascinantes e nobres da história da humanidade.
Saudações Poéticas;
(Carla Maria Simeone)
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A BICICLETA, A LUA E EU
Na minha bicicleta
Todinha prateada
Quando fico inquieta
Saio por aí descabelada
*
Qual criança traquina
Visto uma camiseta
Já vou dobrando a esquina
Querendo fazer pirueta
*
A criança dentro de mim
Quer brincar na rua
Então resolvi assim...
Ser livre como a lua
*
Corro pra alcançar
A grande bola amarela
E ela vive a caçoar
Da minha triste mazela
*
Lua de mel...
Tu vais ver
Vou chegar aí no céu
De pertinho te conhecer
*
Vou na calda do cometa
Eu e minha magrela
Ao som de uma corneta
Um anjo de sentinela
*
Lua cheia exuberante,
Quando ai então chegar
Já estarás minguante...
Tu paraste pra pensar?
*
Lua, tu és inconstante
Ora cheia, ora nova
Crescente, minguante
Sempre, sempre se renova
*
O que tu não sabes
Vou te revelar
Também tenho fases
E também sei me recriar
*
Lua linda de fases
Que já inspirou o poeta
Vamos fazer as pazes?
Te dou uma moeda!
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ALMA
Inerte, imóvel, morta
O poeta chora de dor
Se retira, bate a porta
E leva consigo o olor
*
O olor da essência da alma
Que do invólucro se livrou
Tentando manter a calma,
Com ternura, ele a olhou
*
Seguiu como de costume
A caminhar pelas ruas
Lembrando o suave perfume
Da alma liberta e nua
*
Um cigarro, um café,
A fumaça dispersa
A prosseguir a pé,
Se lembra da promessa
*
A alma da amada
Virá lhe encontrar
Nua e perfumada
Pra o poeta inspirar.
§§§
ISBN | 978-65-86632-27-9 |
Número de páginas | 188 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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