A poesia de Cláudio o coloca num grupo mais reduzido ainda – o dos que vêem a poesia como algo que deve andar junto com o risco, com o experimental, com o limite, sem se importar com os valores ou valorações impostos à poesia.
Quem entrar em contato com a poesia de Cláudio perceberá, de imediato, que o mesmo não corre risco algum. Digo, que a sua poesia contribui e muito com o nosso cenário literário, pois se trata do produto de um trabalho sério, amadurecido ao longo de alguns anos – não confundir sério com sisudo, é possível também levar a sério o riso, principalmente quando esse destroça alguns dogmas.
Em sua poesia, a palavra desafia a distinção entre significante e significado, tornando-se, se observada atentamente, forma, movimento, imagem, sentimento... Desafiando, ou melhor, brincando com as palavras, consegue, sua poesia, perscrutar dois universos que são, ao meu ver, postos de forma particularmente brilhante: o feminino e o social. O primeiro, com um misto de adoração, desdém e desejo. O segundo, sempre se pondo contra a ordem estabelecida, principalmente no que diz respeito às torturas causadas pelo capitalismo aos que já foram por ele engolidos ou aos que, entrincheirados, ainda resistem.
Sei que o leitor descobrirá bem mais, sempre haverá em sua poesia algo a ser descoberto, bem mais do que pude, é só esperar sempre mais dessa obra poética que há muito já deveria estar circulando e agora poderá ser apreciada.
Waldinar Alves da Silva.
Poeta e Professor de Literatura
ISBN | 978-65-266-2252-0 |
Número de páginas | 49 |
Edição | 1 (2010) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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