No ano de 2011, com recém-completados 19 anos, Klaus publica seu primeiro livro: Florilégio, uma coletânea de poemas contendo quase todas as suas obras até aquele momento. Sem ISBN, registro autoral e ficha catalográfica profissional, esse projeto amador e alternativo constitui um raro exemplo de item contracultural produzido em meio à era do profissionalismo minimalista e da sede capitalista por lucro. Uma década depois, para celebrar os 10 anos dessa publicação experimental, um novo livro é preparado, parcialmente derivado do primeiro: uma seleção de seus poemas preferidos, escolhidos a dedo pelo próprio autor. Ao contrário do primeiro livro, lançado na internet como uma edição do autor totalmente independente, o segundo é editado oficialmente, pelo selo Kotter. "Restos de Mim" é precisamente a reunião dos poemas que não encontraram abrigo nesse segundo livro. Trata-se de uma compilação dos textos de um escritor cuja maior satisfação é brincar com as palavras. Os poemas aqui apresentados perpassam todas as suas fases literárias, desde o ingênuo início inspirado por Paulo Leminski em 2004 (então com 11 anos) até os sinceros desabafos de anos recentes inspirados pelo Modernismo, passando também por breves períodos de influência do Romantismo, do Concretismo e do Haikai. Apesar de curta, a obra mostra a diversidade e a versatilidade de um poeta da nova geração, inserida num mundo pós-moderno confuso e caótico onde tudo muda muito rápido e as certezas não fazem parte do cotidiano... o cenário perfeito para a poesia, talvez?
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