Estou pensando no leitor. O que ele espera de um livro de poesia? Fundamentalmente, o leitor procura identificação e emoção. Nada está gritando mais alto do que as emoções positivas, para contrabalançar a crise atual chamada pandemia. Todos estamos tristes, assustados, pesarosos e carentes de afeto. A convivência social encontra-se limitada, causando angústia generalizada. Cantar o amor, como o Pratinha faz, é um lenitivo possível e brando que aquieta o coração e a alma. Estes sentires nobres que o poeta acalanta, nos dão uma visão da perfeição dos afetos contra todas as vicissitudes que ora se apresentam. A primavera chegando é prenúncio de boas novas, esperanças que traz para dizer que o mundo não vai acabar e chegaremos vitoriosos a um patamar de felicidade. Nada é mais construtivo do que o amor. Os poemas que falam de sentimentos sublimados trazem consigo muitas esperanças. Não quer dizer que iremos viver das metáforas que os poemas utilizam para criar a fantasia ou melhor, o fantástico mundo de quem ama e quer, além da sacralização, a realidade física e material das relações humanas e que trazem o prazer entre dois amantes. Pratinha contempla o anseio da realidade e não só de loas ao amor. Vejam bem... ele ensaia com seus textos uma vivência de porvir, retratando o lúdico e o sensual, que anda meio limitado nessa crise. E podemos crer que o poeta antecipa, com seus poemas o gozo livre que será recuperado após o fim da crise. Mas o poeta não é alienado quando canta o amor e sabe que precisamos pisar firme na realidade que nos cerca. Então incluiu uma parte III, falando do contexto que não pode ser ignorado, nas páginas finais. (Luciana Carrero, produtora cultural).
Número de páginas | 140 |
Edição | 1 (2020) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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