Falar da poesia de Perinho – O poeta dos muros –, no Bairro de Plataforma, em Salvador, é percorrer os caminhos de histórias já vividas, por pessoas vívidas, que por lá transitam ou transitaram noutras épocas.
Cada poema, cada verso nos leva por caminhos trilhados desde épocas remotas do Sec. XIX, aos dias atuais.
No ontem as lutas eram entre homens poderosos desejosos de conquistas, cujos objetivos seriam alcançar o “mel’ das lavouras de cana-de-açúcar, transformando-o em lucros...
No hoje, Perinho, luta nesses mesmos territórios, não buscando acumular bens materiais, mas abusando-lhes a essência, lutando como lutaram tantos irmãos de cor, de raça e de dor, na busca do bem melhor – respeito à dignidade de cada indivíduo em particular, sobretudo, na sua singularidade –, enaltecendo a vida de muitos, que transcorre desapercebida pelo poder, como se fossem invisíveis...,
O Poeta traz muitos deles em nomes, “Assobiando pelos caminhos da Plataforma”, numa “Árvore Genealógica” cujas memórias o levaram às lágrimas, nos 30 dias que passou relembrando de cada amigo, em particular.
“Plataforma na poesia”, resgata a História de um povo e a transmuta em versos, que nos enebria a Alma, quando ‘pousamos nossos olhares’, nas imagens simbólicas de cada verso.
Versos que emergiram silenciosos e, como disse certa feita minha filha Juliana – Para dar fala a sentimento que não se escreve é preciso ter nos ouvidos olhos de ler mundo” –!
Hoje os gritos mudos de Perinho reverberam nos muros gastos, numa teia de informações poéticas, vibrantes, coloridas, cujas mãos poéticas, decodificam num tear “a mais valia”, incrustada em cada, pedra, em cada bloco, em cada estaca, em cada nome, em cada barco, em cada Prédio Antigo, hoje tombado pelo Patrimonio Histórico.
Como forma de preservar toda a trajetória de um povo – seu povo –, o “Poeta dos muros”, retrata maravilhosamente, ponto por ponto as reentrâncias e segredos, do seu Bairro, Plataforma, para que tudo isso seja preservado e transmitidos através dos seus escritos. para as gerações do porvir.
Que possamos acarinhá-los como o mesmo amor e dedicação, com que ele acarinhou esses muros e, compôs esses versos da “Plataforma na Poesia”!
Reinadi Sampaio – EuFlor
Cruz das almas, Recôncavo, Bahia.
19/12/2024.
ISBN | 9786501284422 |
Número de páginas | 100 |
Edição | 3 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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