O SILÊNCIO DAS COISAS

O constante diálogo entre o poeta e o nada, fazem o link entre o vazio e o silêncio, entre o dia e a noite, sol e estrelas, grito e silêncio, trazendo o “contraste harmônico” que permeia as premissas deste livro, lançando luz às palavras e às coisas, ao tudo e ao nada.

Algumas poesias postas como uma subjetiva loucura na linguagem, trazem ao léu uma gama de poesias dadaístas.

Ora em sonetos ora em poemas de escrita a versos livres, o poeta se lança nas páginas deste livro, materializando-se na figura abstrata dos sentimentos, em vezes declamados, em vezes negligenciados, nas palavras da pequena poesia, nas palavras da grande poesia, no falso sentido que capta seus humores diversos no riso, no siso, nas lágrimas e na abjeção ao que se imbui quando os versos não se importam com o sentido de estar-se sendo observados, e a narrativa se constrói sem a crítica, apenas dialogando sentimentos. É a reflexão inversa de que a poesia só é poesia quando admirada. Poesia sempre será poesia, mesmo que sendo apenas sombra.