Introduzo minhas bobagens em você. Se não gostar da ideia, não pratique o ofício: deixa um leitor entrar em teu lugar. O filho é meu, gerei-o como achei que devia, como me ensinou a situação. Não me trate por arrogante, é que as pessoas têm essa mania chata de tecer críticas ao que fazem os que se propõem a se movimentar, talvez a fim de se convencerem da distância necessária quanto ao que impacta, para, assim, afirmarem-se capazes de enxergar os detalhes do que realmente não importa. Bah! Se quiser, perca seu tempo tentando encontrar os milhões de defeitos que possui esta criança. Eu sou pai. Meu filho não é perfeito, mas seus defeitos não me dizem tanto respeito, talvez ele seja o mais lindo de todos. Mentira! Trate-o como quiser. A gente escreve para o deleite do outro, ainda que escrevamos para nós mesmos, ao compartilharmos, já deixou de ser apenas nosso. E ainda há quem chame o artista de egoísta...
Vá em frente, já pode pegar a criança no colo e ir reparando bem nela. Ela crescerá em seus braços. Pode se sentir pai ou mãe do que é meu; eu não me importo. Sinta como é doloroso ser pai, mesmo que de criação. Cria aí o teu vínculo na infância e te espanta e aborrece com a maturação do ser, que a poesia é viva, as palavras também são, e a vida é coisa que move até a morte dentro da inspiração. Está plantada a semente!
Número de páginas | 180 |
Edição | 2 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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