Esta composição literária é continuidade ao vitalismo trágico, filosófico e antropológico inaugurado em sua primeira publicação sob o título Palinódia ao Niilismo, seguindo sua leitura existencialista e histórica a contrapelo. A história, tal como é apresentada, traz consigo a chance de registros e regimentos outros da produção de verdade. Para além de reforçar hipóteses expostas no primeiro livro, percorrer teses fronteiriças não desbravadas, a cada uma de suas camadas de sentido, caminha a levar as últimas consequências o equilíbrio entre a percepção analítica de um mundo se expandindo ao macroestrutural e repartindo-se, por outro lado, em meio a microestruturas cada vez menores. Seja apresentando questões teóricas amplas ou quando a análise é deslocada ao mundo, orbitando nitidamente num campo mais aplicado de acontecimentos vividos. Em seu âmbito político tem por tema base as relações entre cidadania e desdobramentos de problemas educacionais. Em termos epistemológicos, a obra é, como a primeira, parte de um manifesto filosófico indissociável ao infinitismo artístico-perspectivístico inconsciente nietzscheano, o qual tomo por inspiração. Uma literatura que ganha vida a partir da atmosfera cognitiva antiga na qual a poesia tomava parte em meio à composição do pensamento e ambos não poderiam, de modo algum, ser concebidos apartados. Portanto, também a partir de uma reabilitação da riqueza da filosofia do devir e da diferença aventada por Heráclito, da compreensão dinâmica da natureza proposta por Anaximandro, em última análise, do pensamento pré-socrático e sofistico. O nome do livro é precisamente uma entre as hipóteses desenvolvidas ainda durante a pesquisa acadêmica que durou entre 2016 a 2018, acerca das considerações linguísticas do chamado jovem Nietzsche. Sua perspectiva prismática da linguagem em sentido artístico e simbólico a concebe tecida por verdadeiros exércitos de figuras e o inconsciente, o plano mais amplo no qual se fixam, encontram e se transformam, num gigantesco labirinto. E apenas sendo concebida como labirinto, poderia ser vislumbrada ou compreendida em toda a multidimensionalidade e complexidade de seus prolíferos caminhos e camadas que expressa. A pesquisa que deu origem ao recorte dos limites estéticos, artísticos e epistemológicos das chamadas figuras de linguagem foi exposta em um TCC em 2019, no qual também foi exposta a hipótese do labirinto.
ISBN | 9781526067463 |
Número de páginas | 100 |
Edição | 2 (2022) |
Idioma | Português |
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