O INÍCIO

Da Academia Contagense de Letras

Por YENDIS ASOR SAID

Código do livro: 120033

Categorias

Poesia, Literatura Nacional, Filosofia

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Sinopse

POEMAS DA INFÂNCIA DE YENDIS

Características

Número de páginas 212
Edição 1 (2011)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 80g
Idioma Português

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YENDIS ASOR SAID

Um pouco mais de Yendis Asor Said

De longe eu vi um homem... Que parecia um mendigo... “De amor tinha fome, parecia-se comigo”, esses são alguns dos muitos versos de Yendis Asor Said, palíndromo de Sidney Rosa Dias, poeta que mora em Contagem MG.

Sua primeira aparição pública no meio literário da cidade se deu durante o lançamento do automóvel Meriva, na extinta concessionária Mac Chevrolet. Convidada para abrilhantar o momento, a Academia Contagense de Letras-ACL lá estava corporificada na presença de poetas, escritores, performáticos e problemáticos, entretendo o momento com poesia e humor. Na época de sua aparição, o poeta já somava quatro pastas repletas de textos, a maioria, inéditos. Em 2002, passou a integrar os quadros da ACL e desde então sua simpatia ilustra o meio literário contagense. “Nei”, como é chamado pela família, nasceu a 16 de outubro de 1977. Em 15 de novembro de 2020 fundou a AEL Academia Esmeraldense de Letras em Esmeraldas MG, Gênio precoce, e tendo cedo que ganhar o pão com o suor do rosto, com treze, quatorze anos, passou a colaborar com os jornais Folha de Contagem e Verdade de Contagem. A mãe reivindica a influência sobre o filho no gosto pela leitura e escrita, a simpática Srª. Iracema. Com quinze, fundou e presidiu o Raul Rock and Roll Fã Clube que chegou a somar cinqüenta integrantes. Na época, publicou dois artigos em jornal, um sob título “Um tributo a Raul Seixas” e o outro intitulado “Raulzito continua vivo”.

De filosofia, leu os chamados pré-socráticos, os sofistas, a tríade Sócrates, Platão, Aristóteles. Leu Mathias Aires, filósofo brasileiro, Nietszche. Leituras livres dos principais livros sagrados: a Bíblia, Bragavad Gita (Índia), Tão To King (China), e, à frente, O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, Universo em Desencanto, O Alcorão, O Livro do Mórmon. Leu ainda Nostradamus e mitologias mil, da grega à nórdica. De literatura, gosta de clássicos e modernos. Camões e Bocage estão entre os seus preferidos no trato com a língua portuguesa. Gosta de Paulo Coelho. Suas leituras indicam um espírito inquieto em busca de verdades e sentidos, senão para encontrar respostas, para, ao menos, aprender a melhor formular perguntas, afinal, uma pergunta bem formulada já é meia resposta.

Yendis Asor Said escreve a grande obra Diário de um louco, já com trinta e cinco capítulos. Trata-se de uma grande epopéia, inicia-se com a citação de uma estrofe de Camões e narra uma grande saga individual onde são citados personagens de diversas tradições, além de musas e deusas como Is Lila e Samu; musas e deusas são freqüentes na sua literatura.

Dando forma aos seus escritos, em 2003, o poeta produziu de forma independente alguns fascículos da totalidade do seu trabalho, a saber: 1, 7, 8, Satãna, A dura ausência, A minha dor. O despertar e O Castelo. Feitos de forma artesanal pelo próprio autor, os fascículos chegaram a ser bem distribuídos; quinhentos exemplares de cada um.

Satãna, onde há um diálogo entre o Eu e a deusa Satãna, lembra Macário de Álvares de Azevedo, conhecido poeta brasileiro do século 19. A dura ausência começa pelo final, com o amante a queixar a ausência da amada, tema de interesse permanente da alma humana. Há de se fazer uma leitura mais atenta da literatura de Sidney Rosa Dias, enfocando seus aspectos preponderantes, aqui, fazemos apenas uma modesta apresentação. O Castelo lembra os contos fantásticos de Edgar Allan Poe, escritor conhecido da juventude.

Seus escritos apresentam uma linguagem envolvente (efeito narcótico ao ler) e sugestiva (literatura simbolista). Indefinição do cenário e dos personagens, insinuação da voz narrativa e do enredo. Cria-se uma atmosfera de meia-luz que nos encanta ao ler. O eu-lírico formula perguntas, e, ao contrário dos livros de auto-ajuda com suas metralhadoras de respostas, deixa o leitor ler/escrever (imaginar) dali para frente. Ele convida o leitor a entrar na floresta de símbolos e a se perder nas águas do poema.

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