147º livro do autor das séries "OLYMPUS" (em 16 volumes com 300 poemas em cada um), "EROTIQUE" (em 13 volumes com 50 poemas em cada um), e "SOB O OLHAR DE UM POETA", em 3 volumes com 300, 150 e 300 poemas, respectivamente).
Em uma jornada literária que transcende a mera compilação de versos, Marcos Avelino Martins, com seu 147º livro, "O GUIA DOS CORAÇÕES PARTIDOS", nos convida a mergulhar profundamente nas multifacetadas experiências do coração humano. Este autor, já consagrado por suas séries "OLYMPUS", "EROTIQUE" e "SOB O OLHAR DE UM POETA", possui a marca impressionante de quase 5.000 poemas publicados, cada um deles uma janela aberta para as emoções mais íntimas e universais.
A obra se inicia com a promessa de uma invasão à mente do leitor, através de textos que sopram "romantismo, encharcados de Poesia", uma experiência que oscila entre o riso e a lágrima, culminando na surpresa de um amanhecer inesperado. Este início prenuncia a natureza envolvente do livro, que se desdobra em temas que vão desde a perda amorosa, simbolizada pela amante que se esconde "Atrás de uma Nebulosa", até a revelação de uma conexão profunda e mágica em "Sonho Real".
A complexidade do amor e da perda é explorada com uma honestidade crua em poemas como "Desconstruída", onde as cinzas de uma paixão desvairada simbolizam a permanência da dor e do vazio. Em contraste, "Anonimato" brinca com a ideia de poemas desejando escapar do esquecimento, refletindo sobre a eternidade da arte frente à fugacidade da vida.
Avelino não se furta a temas mais amplos e contemplativos, como em "Abominável", onde a natureza se recupera da destruição causada pelo homem, um lembrete poderoso de nossa responsabilidade para com o mundo que habitamos. Da mesma forma, "Um Raro Espetáculo" e "Desespero" nos confrontam com a beleza fugaz da vida e a profundidade do sofrimento humano, respectivamente.
O amor, em sua capacidade de cura, é magnificamente encapsulado em "Terapia", onde o encontro de almas é visto como um bálsamo para as feridas do coração e da mente. "Relíquia" e "Encontre-me!" exploram a temporalidade e a busca por conexão, temas universais que ressoam em cada coração que já amou ou perdeu.
"Histórias Inventadas" e "Momentos" nos lembram da força da imaginação e da permanência das memórias, enquanto "Se a Saudade Apertar" oferece um consolo espiritual para os momentos de solidão e saudade, com uma nota de esperança e fé inabalável.
"Carótida" nos apresenta a um amor não correspondido, onde o desejo e a paixão se misturam com a dor da indiferença. A intensidade com que o eu lírico descreve seu fascínio pela figura amada é quase palpável, revelando a vulnerabilidade e a força do desejo humano. A referência à ópera bufa sugere uma percepção da vida como um espetáculo teatral, cheio de exageros e emoções intensas, onde o amor se torna um jogo de caça e caçador, marcado pela sensualidade e pelo desejo ardente.
"Brilho Traidor" nos leva a um momento de revelação e vulnerabilidade, onde o amor oculto entre amigos ameaça alterar irreversivelmente a dinâmica de sua relação. Este poema aborda a complexidade dos sentimentos que evoluem de uma amizade para algo mais profundo, desafiando as fronteiras entre o amor platônico e romântico.
"Arapucas" oferece uma perspectiva cínica, porém reflexiva, sobre o amor e suas armadilhas.
"Lágrimas Falsas" é uma reflexão sobre a desilusão e o despertar. O eu lírico, enganado por lágrimas e sentimentos fingidos, simboliza a dor causada pela descoberta da inautenticidade em um relacionamento.
"Concordância" confronta a desilusão nas relações pessoais, onde a falta de honestidade e entendimento mútuo leva a um inevitável distanciamento.
"Piripaque" mergulha nos territórios vibrantes do amor à primeira vista e da paixão arrebatadora. Através de uma linguagem carregada de emoção e desejo, o poema captura o momento mágico em que duas almas se encontram e reconhecem uma na outra o potencial para um amor lendário.
"Complexo" aborda a necessidade humana de conexão e aceitação, expressando o anseio por superar as inseguranças pessoais através do amor e da intimidade. Este poema fala diretamente ao coração daqueles que lutam contra sentimentos de inadequação, lembrando-os do poder curativo do amor verdadeiro.
"Envelhecer" contempla a passagem do tempo e os arrependimentos que acompanham o envelhecimento. Com uma sinceridade tocante, o poema reflete sobre as marcas deixadas pelas experiências vividas, tanto as alegrias quanto as tristezas, e como elas moldam nossa compreensão da vida e de nós mesmos.
"Além do Arco-Íris" traz uma nota de esperança e maravilhamento, convidando o leitor a imaginar um mundo repleto de magia e beleza inimagináveis. Este poema serve como um lembrete de que, além das dificuldades e desencantos da vida, existe um espaço para a maravilha e a fantasia, um lugar onde a alma pode encontrar refúgio e inspiração.
“Sulcos” e “Lençóis de Linho” exploram o tema central da obra: o amor em suas diversas manifestações. Enquanto o primeiro retrata a dor lancinante da perda e a permanência das memórias que marcam a pele e a alma, o segundo celebra a paixão e o êxtase encontrados nos momentos de intimidade, sugerindo um contraponto entre a dor da ausência e a alegria da presença.
“Inesquecíveis” e “Viver” expandem a exploração do tema, mergulhando nas complexidades das lembranças e na efervescência da vida. O primeiro reflete sobre as memórias que, apesar de dolorosas, são indeléveis e moldam nossa existência, enquanto o segundo nos lembra da constante mudança e da busca incessante por emoções e experiências que dão cor e significado à nossa jornada.
“À Sua Sombra” e “Lágrima Invisível” trazem uma introspecção sobre a saudade e a reflexão sobre a condição humana, respectivamente. O primeiro aborda a influência duradoura de um amor passado na vida presente, enquanto o segundo eleva o olhar para uma perspectiva mais ampla, contemplando o impacto das ações humanas no mundo e a resposta emocional do divino diante de tais atos.
“Perdendo a Fé” e “Espalhando Versos” confrontam o desencanto e a desilusão, seja com a sociedade contemporânea ou com o próprio ato de criação poética. O primeiro critica a iniquidade e a manipulação da ciência e da fé, refletindo um desalento com o rumo da humanidade. Por outro lado, o segundo revela uma luta interna com a inspiração e a autenticidade, questionando o valor e o impacto da própria arte.
"Flores de Plástico" e "Lugar Vazio" nos confrontam com a realidade das emoções efêmeras e dos espaços que permanecem em nossas almas após a perda. Estes poemas dialogam sobre a natureza transitória do amor e a permanência da dor, refletindo sobre como os sentimentos podem ser ao mesmo tempo intensos e ilusórios.
"Irrelevante" e "Um Reino Encantado" exploram, respectivamente, a desilusão amorosa e a narrativa de perda e consequência. Enquanto o primeiro aborda o desapego como um mecanismo de defesa contra a dor, o segundo nos transporta para um conto de fadas sombrio, onde as escolhas têm repercussões devastadoras.
"Incertezas do Amor" e "Seres Míticos" revelam, de maneiras distintas, a dualidade do amor e a desilusão com as instituições. O primeiro captura a volatilidade dos relacionamentos, enquanto o segundo critica, com uma dose de cinismo, a corrupção e a falta de integridade no cenário político.
"Mais do que Deveria" e "Lira Boêmia" são confissões de paixões avassaladoras e da vida boêmia, respectivamente. Eles nos lembram de que o amor e a arte não se submetem à lógica ou à prudência, mas seguem as leis imprevisíveis da paixão e da inspiração.
Por fim, "Falling into You" é uma ode ao amor em sua forma mais pura e transcendental. Escrito em inglês, este poema destaca-se pela sua universalidade e pela capacidade de capturar a essência do amor verdadeiro, que desafia as adversidades e se perpetua no tempo.
"O GUIA DOS CORAÇÕES PARTIDOS" é, em essência, uma obra que celebra a complexidade da experiência humana, através da lente da poesia. Marcos Avelino Martins, com sua habilidade ímpar de capturar a essência das emoções mais profundas, oferece ao leitor um espelho onde se refletem todas as facetas do amor, da perda, da esperança e da redenção. Este livro não é apenas uma leitura, mas uma experiência que permanecerá com o leitor muito tempo após a última página ser virada.
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Alguns trechos:
O GUIA DOS CORAÇÕES PARTIDOS:
“Mas, mesmo assim, devorei-o rapidamente, / Ora rindo, ora quase chorando, / E quando percebi, a madrugada já surgia, / Pois aquele livro invadiu minha mente, / Simplesmente em meus neurônios soprando / Textos românticos, encharcados de Poesia...”
ATRÁS DE UMA NEBULOSA:
“Ela me olhou, toda chorosa, / Disse adeus, e de minha mão se soltou, / E deve ter se escondido atrás de uma nebulosa, / Pois nunca, nunca mais voltou..."
SONHO REAL:
“E, naquele primeiro beijo inevitável e inesquecível, / Sabermos que alguns entre nós possuem uma outra metade, / Nem sempre perceptível ou ao nosso alcance, / Mas, se tivermos a sorte de encontrá-la, / Como aconteceu entre nós, naquele dia mágico / E em todos os outros que se seguiram, / Abrir as portas para a verdadeira felicidade...”
OLHAR INDISCRETO:
“...nem de longe imaginava / Que tão perto, do outro lado da rua, / Alguém indiscretamente a espionava, / Tirando a roupa, até ficar toda nua, / Espantando meu sono, que até então não viera, / E certamente, pela noite toda já não viria, / Aquela linda visão, alimentando a quimera, / Que, por metamorfose, transformou-se em Poesia...”
DESCONSTRUÍDA:
“Daquela paixão desvairada, / Somente cinzas espalhadas ficaram, / Vagando no frio da madrugada, / Cujas lembranças, nunca voltaram... / E nesse vazio sem fim que me legaste, / No buraco que em minha alma restou, / Algumas poucas lembranças deixaste,
Perdidas no tempo, que até teu nome apagou...”
ANONIMATO:
“Um poema sem nome olhou-me / Com um jeito que achei meio caricato, / E então de surpresa indagou-me / Se eu não queria tirá-lo do anonimato, / E disse que poemas detestam / Constarem de um livro para a juventude, / E se lhes derem trégua, esse fim contestam, / Desafiando a própria finitude.”
ABOMINÁVEL:
“E, livre desse ser ignóbil, / Que exterminara milhares de espécies animais / Em seus milhares de anos de domínio, / A Natureza poderia se reerguer, / E, em apenas alguns poucos séculos, / Recuperar a sua grandeza, / Nesse mundo mágico que Deus criara, / E, livre de seu dominador algoz, / Finalmente poderia viver em paz...”
UM RARO ESPETÁCULO:
“Guiado por esse olhar que a escuridão fulmina, / Levito no ar, leve e solto, em sua direção, / E, quanto mais essa fogueira me ilumina, / Sinto-me levitar a vários metros do chão, / Mas sei que isto não passa de uma ilusão, / Pois meus pés continuam no solo, / Será esse um invulgar efeito da paixão, / Terá sido meu olhar hipnotizado pelo seu colo?”
DESESPERO:
“E no ônibus lotado em plena hora do rush / Uma lágrima disfarça para que ninguém a ache / Escondendo-se de olhos que preferem não ver / O desespero de alguém que só quer morrer”
TERAPIA:
“Teu amor é uma terapia / Para a alma e o coração, / Encharca-me de Poesia, / Em versos que transbordam paixão! / Em teus braços, eu me realizo, / Explorando teus mistérios, / Sob a magia de teu sorriso / E de teus gêmeos hemisférios!”
RELÍQUIA:
“O pêndulo do relógio de parede / Oscila para ambos os lados, / E contribui para que minha mente enverede / Por caminhos nunca antes cruzados...”
ENCONTRE-ME!:
“Extraia-me de seus sonhos, / Encontre-me no mundo real, / Para alegrar seus olhos tristonhos, / Para que serve a tristeza, afinal?”
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ISBN | 9798322111641 |
Número de páginas | 87 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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