O Fetiche do Ouro e a Pedra Milagrosa na Filosofia Caipira

Coletânea de Contos

Por Everaldo Gonçalves

Código do livro: 525478

Categorias

Ciências Da Terra, América Latina, Não Ficção, Geografia E Historia, Ciência

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Sinopse

JOIA LITERÁRIA por João Teixeira*

O Fetiche do Ouro e a Pedra Milagrosa na Filosofia Caipira é da lavra do geólogo Everaldo Gonçalves.

O leitor descobrirá joias literárias sob este título hermético.

Esta coletânea de contos de autoria do professor universitário, pesquisador marxista independente, aborda, no seu texto de estilo próprio, requintado e envolvente, a história do ouro desde o século 18 no Brasil, o extrativismo mineral nas Minas Gerais até o garimpo criminoso na Amazônia. Diz da Pedra Filosofal invertida no conto do vigário, além da pedra que “Tinha No Meio Do Caminho” do itabirano Carlos Drummond de Andrade, que sumiu, pois foi lavrada e levada de trem e navios, além da deliciosa redescoberta do "caipirês" do interior paulista, aquela fala esquisita que quase impediu a criação da primeira Faculdade de Direito no Brasil, no Largo de São Francisco, em São Paulo, em 11 de agosto de 1827, por causa da linguagem “errada” dos caipiras paulistas.

Em "O Conto do Vigário dos Sinos"; "Garimpeiro Maluco"; "A Pedra de Drummond"; e "A Pedra Milagrosa na Filosofia Caipira", o leitor, leigo ou profissional, terá oportunidade de conhecer um relicário de preciosidades econômicas, históricas, sociais e linguísticas.

Em sua apresentação, o autor, ateu convicto e materialista por formação científica, explica que os contos foram escritos ao longo dos últimos 50 anos, por um "geólogo de profissão, jornalista na distração e empresário por acaso".

"Tenho aproveitado o tempo desde o isolamento da pandemia para colocar minhas memórias em dia antes de perdê-la".

Ex-professor da USP e da UFMG, o orgulhoso professor Everaldo Gonçalves, ex-presidente da CPFL - Cia. Paulista de Força e Luz - principal distribuidora de energia do Brasil - , mergulha em suas lembranças de menino na localidade onde nasceu, Iracemápolis, distrito de Limeira, há 78 anos.

Desta região paulista em que havia única indústria de cana-de-açúcar, a Usina Iracema, berço do Grupo Ometto, o autor nos traz o "dialeto caipira", o "caipirês", falado pelos antigos habitantes de Iracemápolis, então distrito de Limeira. Fala que ainda permanece em Piracicaba, Tietê, Capivari e Itu - cada cidade com seu linguajar característico - que segue o caminho da região cafeeira da Mogiana, Ribeirão Preto, Franca, Caconde, Casa Branca, São José do Rio Pardo, cujo início do ciclo do café foi no Vale do Paraíba, com base em Taubaté, com a figura clássica do Jeca Tatu do notável escritor Monteiro Lobato.

Nas pegadas de Amadeu Amaral ("O Dialeto Caipira", 1976, Hucitec), Everaldo Gonçalves estende a exploração linguística - acompanhada de glossário - "A maior provocação á nossa língua é reproduzir a fala caipira na escrita, pois os linguistas sabem muito bem que todas as formas de comunicação oral mantém gramática própria que se interconecta às demais e são motivo do desenvolvimento humano".

As novas características morfossintáticas dos habitantes do interior de São Paulo, leste-sul do Mato Grosso do Sul, sul de Minas e de Goiás e centro e oeste do Paraná, influenciado pelo tupi antigo ("armoço", "coroner", "andá", "trabaiá") é a cereja do bolo desta joia literária em que o geólogo escritor utiliza seu martelo na adaptação fonética da língua morta.

Everaldo Gonçalves chega maduro à literatura cabocla carregando pepitas literárias. Os geólogos companheiros de profissão e as novas gerações irão se enriquecer com sua leitura. E, certamente, os leitores exigentes vão se deleitar com tanta história e informação nova tirada do velho conhecimento do autor. A boa apresentação gráfica do livro, a sua edição independente e a distribuição física e virtual atendem às práticas em uso no mercado que dá preferência ao leitor na proximidade com o escritor.

Boa leitura e que venham outros textos do professor Everaldo Gonçalves.

* Jornalista - foi da Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil entre os jornais da grande imprensa.

Características

ISBN 9786558723684
Número de páginas 140
Edição 1 (2022)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Ahuesado 80g
Idioma Português

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Everaldo Gonçalves

O professor Everaldo Gonçalves (1944), paulista do interior, nascido em Iracemápolis/SP, região de Piracicaba, com seu dialeto caipira, é geólogo formado na USP, na turma de 1969, e jornalista. Iniciou a carreira profissional na prospecção mineral na Amazônia, em Carajás, no sudeste do Pará, a maior província mineral da Terra.

Na Universidade foi professor na USP - Universidade de São Paulo e na UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais, onde dirigiu o Centro de Geologia Eschwege, em Diamantina/MG.

No setor elétrico foi diretor da Eletropaulo, atual Eneel, e presidente da CPFL - Companhia Paulista de Força e Luz.

Teve duas propriedades agrícolas no norte de Minas. Em Gouveia, na fazenda Contagem, plantou café e fabricou cachaça fina. Em Engenheiro Navarro, na fazenda Curral Velho, criou gado nelore cruzado para confinamento e montou uma miniusina de álcool e de óleos essências.

Em suas andanças sentiu que a Geologia entra pelos pés e na pele e na carne, que o café um ano veste a si outro ao patrão e que do boi não se perde nem o berro, mas o fazendeiro só recebe pela carcaça do animal, sem cabeça, vísceras, pernas e o couro.

Além de textos acadêmicos no início da carreira universitária, que cedo abandonou, por necessidade de mudança de vida nos anos de chumbo, escreve em jornais.

Em o Estado de São Paulo sobre o caso Paulipetro.

No O Tempo, entre outros artigos, manteve uma polêmica com o falecido Olavo de Carvalho e o identificou no “Imbecil Coletivo”.

No Estado de Minas manteve uma polêmica sobre a Barragem de Irapé no Rio Jequitinhonha/MG, antes da construção, e demoliu a Nau dos Insensatos do senador biônico Murilo Badaró.

No Portal Brasil 247, publicou vários artigos críticos da política e da mineração, com destaque aos que colocaram a nu, em 2012-2013, o então dono da sétima fortuna no Forbes, o empresário Eike Batista, Falso Midas, Eike, O Rei Midas está nu!, Eike do Começo ao Fim.

Nas redes sociais usa apenas o LinkedIn.

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