É importante ressaltar neste trabalho, que em 1822, quando o Brasil alcançou a liberdade e ocorreu o início do período imperial, a economia nacional era quase que totalmente baseada na exportação de matérias-primas. Havia, anteriormente, falta de divisas e as cidades eram praticamente autossuficientes, ou seja, o mercado interno era ínfimo e as vilas e fazendas se dedicavam quase que exclusivamente à criação de animais e à produção de alimentos. Não devemos deixar de citar a Inglaterra, que foi o principal parceiro do Brasil no desenvolvimento do sistema econômico e financeiro nacional durante todo o período imperial, a começar pela Independência.
Já na primeira metade do século XIX, o então vigente governo Imperial realizou maciços investimentos na infraestrutura do país, sobretudo nas estradas e nos portos. Tal feito possibilitou uma melhoria na relação comercial e na comunicação entre regiões. Dessa forma, pode-se dizer que no período pós-independência a economia brasileira se diversificou bastante, contudo, a alteração de um sistema escravocrata para uma economia capitalista e liberal necessitou de grande esforço governamental, que até então era defensor do regime monárquico. Mas, foi em meados desse mesmo século que outro produto começa a ganhar espaço na produção nacional: o café. O cultivo do açúcar era mais oneroso, demandava maior número de trabalhadores e exigia mais da terra, enquanto o café era um produto mais barato de produzir, exigia menos da terra e era possível com um número menor de trabalhadores, o que significava que era um produto mais rentável. Adiciona-se a isso a questão da modernização e da aceleração do tempo experimentada pelas indústrias com suas máquinas à vapor que faziam parecer que o tempo corria mais rápido. A modernidade exigia o consumo de estimulantes, como era o café. Assim, diversas nações do mundo passaram a consumir cada vez mais café e o Brasil passou a produzi-lo cada vez mais. Houve, portanto, uma mudança geográfica: se durante o período de colonização o principal produto encontrava-se no Nordeste, durante o Império o novo produto de destaque era produzido no Sudeste.
Pontua-se também que em toda nova economia, a carência de capital se tornou um empecilho a ser superado pelo Brasil da época. Foi utilizado, como estratégia, uma política de grande incentivo às exportações, na intenção de alcançar o superávit financeiro (ou seja, exportar mais e importar menos). Entretanto, os planos foram atrapalhados pela falta de produtos manufaturados, o que gerou um aumento de importações, levando a um déficit contínuo. Mesmo com fatores contrários, dúvidas e o endividamento, a monarquia brasileira obteve sucesso em manter o desenvolvimento econômico do Brasil Imperial, enquanto esse durou, gerando grande crescimento do país. Evidenciando-se também um crescimento cultural avassalador, que contribuiu em muito para que nosso país alcançasse uma posição de destaque no continente americano.
ISBN | 9786554800839 |
Número de páginas | 80 |
Edição | 1 (2023) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Português |
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