MUSEU EGÍPCIO DE CURITIBA

No Cairo [Egito] eu tive a oportunidade de ver inúmeras múmias, mas aqui no Brasil, atualmente só tem uma múmia egípcia a Tothmea. Quando fiquei frente a frente com ela, eu senti novamente uma sensação de voltar ao passado, imaginando o que aquela pessoa viveu quando ainda era viva. Acho que toda pessoa quando fica diante de uma múmia sente um certo respeito, porque sabe que aquele é ainda o corpo de uma pessoa que viveu a milhares de anos atrás. Eu por um momento entrei em um estado de contemplação, olhava cada detalhe daquela múmia, seu rosto, seus braços, os dedos da sua mão. Outro detalhe muito importante: quem for ao museu verá uma múmia desenfaixada, assim a sensação será muito mais impactante do que enxergar uma múmia envolta em faixas. Mais tarde, depois que saímos do museu, eu, minha esposa e amigos comentamos sobre esta visão chocante de ficar diante de uma múmia nua. A falta de um dente, mas ao mesmo tempo ver ainda a dentição e a pele de uma pessoa que viveu a 2700 anos nos causou espanto. A região da bacia de Tothmea também me marcou, não havia muita “carne” ali. Outra observação que me chamou a atenção era a baixa estatura desta mulher egípcia.