Este livro nasceu de uma inquietação que me atravessa como homem negro, cristão e estudante de Enfermagem: por que as mulheres negras gestantes continuam sendo invisibilizadas, maltratadas ou esquecidas nos espaços de cuidado?
Ao longo da minha formação na UNILAB e do convívio com comunidades periféricas e acadêmicas, escutei relatos profundos de abandono, dor e silêncio — mas também de fé, resistência e superação. Vi mulheres negras que gestam em meio à pobreza, ao racismo e à solidão, mas que se recusam a deixar de acreditar. Vi mães que, mesmo marcadas por traumas, ainda abençoam os filhos que carregam no ventre.
Esse livro foi escrito como um abraço. Um grito. Uma oração. Ele mistura ciência e espiritualidade, denúncia e acolhimento, dados e vivências. A cada capítulo, revisito dores estruturais e espirituais que atravessam o corpo e a alma da gestante negra brasileira — sobretudo da periferia.
Não escrevi como quem aponta o dedo. Escrevi como quem estende a mão. Como quem acredita que Deus também se faz presente nas encruzilhadas da maternidade. E que uma nova geração pode nascer onde houver palavra, escuta e dignidade.
Esta obra não é apenas sobre gestação. É sobre vida, fé e justiça. É sobre mulheres negras que não desistem — e sobre um sistema que precisa, urgentemente, mudar.
Número de páginas | 51 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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