Durante décadas, em função dos desvarios esquerdistas/marxistas reinantes nos meios acadêmicos e sociais, a genealogia foi divulgada como instrumento elitista e de caráter apenas nobiliárquico. Pelos mais igualitaristas, foi exposta ao ridículo e "banida" dos ambientes, ditos, intelectuais.
Entretanto, passada a febre das ideias pseudo-igualitárias de Marx, começaram a ressurgir cada vez mais, trabalhos exaustivos de mentes iluminadas, voltados para a pesquisa histórica de resgate das pessoas, seus ancestrais e descendentes. Esse resgate é necessário para que a genealogia cumpra seu papel original de oportunizar o conhecimento de nossos antepassados, independente de sua origem social.
Os historiadores têm percebido cada vez mais a genealogia como aliada na perspectiva de embasar e compreender inúmeros aspectos sociais, econômicos e políticos do país no decorrer dos seus pouco mais de 500 anos de história.
Podemos afirmar que por trás de nomes e datas, existiram vidas pertencentes a conjunturas sociais ao longo da existência coletiva. E, segui-las, por intermédio de diversos documentos, é uma tarefa que acaba por ser uma iniciação à pesquisa histórica, situação que recoloca a genealogia no ilustre patamar de ciência auxiliar não apenas da História, mas também da Geografia, Economia, Ciências Sociais e até mesmo da Bio-medicina.
Como integrante desse rol de pesquisadores histórico-genealógicos, encontramos o jovem Júlio César Araújo Lutterbach Galhardo de Castro. Que nesta sua atual obra, brinda-nos com a saga da família Lutterbach (além-mar e no Brasil). Família que com quase 200 anos em solo pátrio, já se abrasileirou na alma e no coração.
Júlio César, narra de maneira instigante não apenas a genealogia de sua família, mas também sua contextualização social na Suíça "materna", a imigração para o Brasil, a chegada em nosso país, assimilação na sociedade brasileira, heráldica familiar e outros "itens" que o leitor certamente apreciará, como o fato de contar entre suas fileiras com dois Príncipes da Família Imperial do Brasil: João Philippe e Maria Cristina de Orleans e Bragança Lutterbach.
Que o autor de "Lutterbach-Memórias de uma Família", possa e queira continuar este esplêndido trabalho de resgate histórico-genealógico, acrescentando assim, magnificamente, à memória social brasileira um pouco mais de auto-estima e amor-próprio.
*Astrid Beatriz Bodstein Romêo
* Historiadora e jornalista mato-grossense, estudiosa de genealogias dinásticas e heráldica. Autora de "Imperial Family of Brazil", publicado pela Rosvall Royal Books (2006).
Número de páginas | 86 |
Edição | 2 (2013) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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