Marcolino Ferreira, vulgo Chaparral. Chaparral era uma série de TV, do gênero western, exibida de 1967 a 1971...Chaparral nunca assistiu a um único capítulo da série homônima a seu codinome, imaginava que o apelido se referia a um pistoleiro, seu ofício, apesar de não ter gostado muito do apelido no início. Preferia ter um apelido igual ao do Virgulino Ferreira, o Lampião, de quem era parente. É neto de Levino Ferreira, irmão de Virgulino Ferreira. Também envolvido em cangaço, Levino, conhecido como cangaceiro Vassoura, ingressou cedo no bando de Sinhô Pereira, cangaceiro famoso de Serra Talhada de Pernambuco. Levino morreu aos 29 anos, em 1925, em tiroteio contra os volantes no sítio de Tenório Flores em Pernambuco... Chaparral é contratado por Juca Matilde, grileiro de terras dos índios, Gamela... Marcou uma cruz para cada novo defunto no cabo de sua Parabellum Luger Marine 1918.
Fiapo II, nascido em 1956, na cidade de Poço da Areia em Alagoas. Daí o apelido Fiapo II, porque foi em tiroteio em Poço da Areia, contra 120 soldados do tenente Medeiros mais alguns integrantes da família Quirino, que morreu o famoso cangaceiro do bando de Lampião, Fiapo I.
Cabrobó, não se sabe se é o nome, vulgo ou referência a cidade de Cabrobó, em Pernambuco, onde nasceu em 1952, embora tenha quem diga que na verdade é cearense da Serra do Coxá na cidade de Milagres. Se um psiquiatra avaliasse o bando, diria que sem sombra de dúvida Cabrobó é o psicopata com maior grau do transtorno, se é que se pode chamar de transtorno, ou se tenha um grau de avaliação. O certo é que o psiquiatra não estaria de todo errado. De todos os pistoleiros do vale do Anari, ele era o que mais sentia prazer em matar, violentar e torturar.
Negro Gato, outro que o vulgo se sobrepôs ao nome, natural de Mossoró no Rio Grande do Norte, nascido em 1946. Seu o apelido veio devido à música de Roberto Carlos, lançada em 1966, “Eu sou um negro gato de arrepiar...”. Com dezessete anos mata, em tocaia, um vereador da cidade de Bonfim, na Bahia. É pego pela polícia, mesmo depois de dois dias de interrogatório à base de pau-de-arara e afogamento não confessou o crime. O negro era bicho homem.
Murillo Praxedes. Se existe um criador para a criatura, esse é o nome. Foi quem lançou Lúcio Bala na pistolagem profissional. Lúcio escolheu o local da tocaia final, atrás de uma árvore na beira do riacho.Com isso Lúcio Bala ganha nome na região, quem precisava de um pistoleiro, que não fosse os nordestinos, tinham a opção de Lúcio Bala. Se tivesse feito igual a Cabrobó e tatuado uma cruz em cada dedo, nos três anos seguintes já não teria mais dedos para tatuar as cruzes... Começava a anoitecer. O andar debaixo da floresta amazônica fica ainda mais escuro e tenebroso... Lúcio Bala deita de lado, limpa a folhagem até chegar ao solo, encosta o ouvido no solo para ouvir os sons da selva. Um estrondo.. um coco de castanha, despencou do segundo andar, lá dos 60 m., de altura, Ouve um andar miúdo e ligeiro, pelo tamanho da passada é um roedor... Repentinamente, o preá corre em disparada e o som de seus passos desaparecem, substituídos por outros de galhos quebrando e um arrastar de poucos metros – há! Danada, essa mocho-carijó... Fica algum tempo ouvindo a paca roer o coco da castanha... conhece essa pisada macia, pisa com a parte detrás da pata, mais macia, então lentamente vai soltando o peso do corpo por toda à extensão da pata, pisa com as garras escondidas, uma onça-pintada, talvez preta... Quando a onça toca o solo e se impulsiona novamente no segundo e decisivo salto que colocaria a presa em suas garras. Nesse momento a paca corre em direção oposta, no momento em que o felino aterrissa onde a presa estava meio segundo atrás. A presa tem meio metro de vantagem, a onça estica a pata esquerda, cravando suas garras na anca da paca, arrancando um naco de carne. … Lúcio espera Adeodato passar, levanta a lanterna com a mão esquerda, apontando para a cabeça do paranaense; com a direita levanta o 38 Tauros especial na mesma direção... – Olá, você que tá guinchando igual a um porco do mato. Se acalma, se não morrerá de hemorragia. Não tenho interesse em te matar, não hoje.
ISBN | 9781717952776 |
Número de páginas | 367 |
Edição | 0 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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