Segunda edição - revisada e ampliada
Diferente das colônias alemãs do norte do estado, com forte influência industrial e de grande projeção nacional, as do centro-sul catarinense parecem diminuídas em importância, embora tenham recebido uma leva substancial de imigrantes. Esse aparente insucesso se deve, principalmente, por terem sido fundamentadas em bases agrícolas, porém instaladas em terrenos bastante acidentados e de baixa fertilidade. Além disso, foram precocemente emancipadas de apoio governamental, o que acelerou ainda mais o declínio econômico.
Essas colônias compreendem São Pedro de Alcântara (1829), Vargem Grande (1836), Santa Isabel e Armação de N. S. da Piedade (1847), além de Leopoldina (1853), Angelina (1858) e Teresópolis (1860). Nelas se assentaram numerosas levas de famílias originárias de diversas regiões da Alemanha. Embora denominadas colônias alemãs, ali também se estabeleceram imigrantes provenientes dos Países Baixos, da Bélgica e de Luxemburgo, entre outros, que com o passar do tempo se germanizaram em língua e costumes.
Além de receberem colonos oriundos diretamente da Europa, ocorreu um afluxo expressivo ainda no século XIX das famílias trazidas em 1852 para trabalhar em sistema de parceria nas fazendas da serra fluminense e que, descontentes com as condições de vida e o regime de trabalho, transferiram-se a partir de 1860 para Santa Catarina mediante a perspectiva de se tornarem proprietários rurais.
Depois de assentados nessas colônias, uma nova onda de migração interna ocorreu em território catarinense. Santa Isabel se estendeu principalmente para o oeste, na direção da colônia militar Santa Teresa, influenciando o povoamento dos municípios de Rancho Queimado, Angelina, Anitápolis, Bom Retiro e Alfredo Wagner. Teresópolis se expandiu para o sul, seguindo os trajetos dos rios Capivari e Braço do Norte e resultando nos atuais municípios de São Bonifácio, São Martinho, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, São Ludgero e Braço do Norte. Numa fase mais tardia, já no século XX, os municípios de Rio do Sul, Forquilhinha e Presidente Getúlio, além do sul e sudoeste do Paraná, também receberam descendentes desses pioneiros.
Foi pensando nesses imigrantes que a presente obra se originou, visando resgatar a história das famílias pioneiras. Por apresentarem paralelos em sua história e população e por terem sido unificadas do ponto governamental, Santa Isabel e Teresópolis serão tratadas em conjunto.
ISBN | 9786501098609 |
Número de páginas | 352 |
Edição | 2 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Estucado Mate 90g |
Idioma | Português |
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