Personagens das infâncias nunca perdidas, gostosas, que fluem fáceis e pretenciosas demais, para encher nossos ouvidos e os braços de arrepios.
Várias estórias de sarjetas, contadas para botar medo e tirar os pés do chão, os joelhos pressionados de encontro ao peito, os olhos arregalados.
Que bom!
[...] Então, três homens tomaram em suas mãos chicotes de marmelo que haviam arranjado no mato e desataram a bater com eles no caixão do morto. Quando cansavam, outros assumiam o lugar. E foi uma felicidade geral, com todo mundo querendo bater no caixão. Até o padre, para preocupação do peão que dera a ideia, parecia querer bater no morto.
A Dona Maria ficou preocupada quando viu que todos faziam fila para tomar os chicotes para açoitar o morto e pareciam ter se esquecido que precisavam leva-lo para o cemitério, para ser enterrado. Mais preocupada ficou ao perceber que também estava com vontade de participar da surra.
- Gente, gente,... Não vamos enterrar o falecido? [...]
Número de páginas | 134 |
Edição | 3 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Estucado Mate 150g |
Idioma | Português |
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