*FRIEDRICH VON HARDENBERG NOVALIS (1772-1801)
(A poesia é o autêntico real absoluto. Isto é o cerne da minha filosofia. Quanto mais poético, mais verdadeiro.)
Parida do (latim poēsis), ou texto lírico, a poesia é uma das sete artes tradicionais, eivada de vários segmentos, a poesia é um retrato da realidade humana. Cada autor e quem o lê, colocam a poesia em patamares imaginados e almejados, entendidos e construídos de acordo com o que querem expressar ou imaginar. Utilizando-se de recursos linguísticos e estéticos, tanto o poeta quanto o leitor, perpassam os versos de um poema da maneira como o entendem ou pensam entender. Dando-lhes forma e vivacidade para expressarem seus sentimentos e pensamentos, alegrias, tristezas e fúrias pessoais. O poeta, por sua vez, intrigante e proprietário das palavras que formam o seu poema, sucumbe diante daquilo que ele almeja transmitir a quem o lê ou lerá, pois, mesmo convicto de que estará passando uma certeza daquilo que imaginou e criou, corre o risco de ser entendido ou de ser vilipendiado ou visto de formas diferentes, que não se coadunam com o que ele pretendeu transmitir. Mas a poesia, essa cria pessoal do homem filósofo e depois adotada como se fora um filho pródigo abandonado ao léu, aviltada por Platão, que não a considerava tão deleitosa aos sentimentos humanos, mas elevada ao posto de “real absoluto”, em suas variadas nuances, tem, ao longo dos séculos, servido de tema para propor ao ser humano a verdade e a fantasia.
Ao poeta tudo é permitido, mentir, criar mundos fantasmagóricos de pura e nítida fantasia, verdades contidas no âmago. Enfim, a poesia erótica ou caótica, pode expressar a sensualidade e o furor do sexo, tão reprimido, mas almejado por todas as pessoas nas mais diferentes culturas. Poetas, pintores e filósofos, religiosos, todos, no decorrer da história humana, desde os tempos da caverna, pregaram o erotismo nas mais diversas formas, em livros, pergaminhos, poemas, etc. O ser humano é atormentado pelo erotismo, embora escamoteado, escondido nos porões da alma, o erotismo sempre foi a mais espúria das verdades humanas, espúria porque recrudece a humanidade nos mais indizíveis preconceitos, criando uma muralha de devaneios que só são libertos nos recônditos dos quartos dos casebres, dos altares e das mansardas ou mansões, no segredo dos lares, locais onde o ertismo e o sexo pode ultrapassar odos os obstáculos religiosos ou humanos.
"Minha língua ferina não se recolhe diante da ameaça assassina de almas ferinas e raquíticas, víbora, ela passeia pela senda tortuosa da verdade, mas às vezes engendra alardes e de naja se transmuta em enguia e expele veneno doce, quando passeia pelas fendas de uma vagina..."
Número de páginas | 184 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Português |
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