É preciso acender as palavras
Ao cair da noite.
Excitações e cintilâncias cósmicas
Copiam nosso cio selvagem,
Alvejado de saliva.
Recriamos constelações
De prazeres
Com nossos odores adocicados,
Enrodilhados na cama
E nas roupas.
Teu corpo ornamentado
Pelas minhas unhas,
Esculpido no escuro,
Te dá a aparência de um deus
Que transforma o meu
Suor em vinho,
E as minhas digitais em pinceis
De Vênus.
É preciso acender as palavras
Ao cair das roupas
Excitações e luzes bruxuleantes
Ataviam a cena...
Basta um gesto e tu
Invades o meu corpo
Como um poema
Cheio de interconexões.
Uivo, como uma boa loba
Fluorescente
Mastigo o teu pescoço
Sem poder digerir
Engulo gemidos em néon
Na dança apressada dos corpos
Em movimentos ígneos.
Deitamos na textura
Das palavras espalhadas
Pela cama,
Suadas e gozadas
Acesas e adocicadas.
Número de páginas | 176 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Estucado Mate 90g |
Idioma | Português |
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