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Estes mesmos estudantes, que se abraçavam na praça central para fazer discursos históricos contra o governo e o presidente, os mesmos queriam combater na guerra em prol de uma pátria que fora desonrada por navios afundados em sua própria costa. E também para mostrar que havia mais coisas na cabeça deles do que falar mal de Getúlio Vargas.
E lá estava o Caparica, em plena praça da Sé, fazendo um belíssimo discurso a favor da democracia e escraxando o presidente. Salientou as qualidades de Jorge Amado, recém-chegado na cidade. Ele, um baixinho louro, metido em um terno azul.
Mas nada ocorreu na praça, ninguém foi preso naquela tarde. E a noite foram comemorar o sucesso das palavras em uma casa de tolerância, e um amigo inspirado discursa às moças para que larguem tal vida e voltem para suas famílias e honrem seus pais. Era jogozo o rapaz.
E policiais entraram. Foi preso, como sendo o rapaz que discursara outrora na praça da Sé. Os estudantes facultando direito o acompanharam, enervados, resolveriam o problema. Foram todos presos.
ISBN | 978-65-002-3889-1 |
Número de páginas | 104 |
Edição | 1 (2006) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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