Candido é o eu-lírico que escapa dos sulcos digestivos, seus poemas são os ossos que restaram, meio tingidos das tintas que o maquiaram outrora, mas que agora lhe derretem ácidas como a chuva, ou um caldo fervente de sensações e temperos rançosos, que seu sangue talvez torne saboroso, ao menos o seu entendimento decisivo que o lidere ao desfecho da própria derrota poética, onde uma liberdade nasça incógnita e pela qual renasça dos intestinos, onde o coração é víscera.
Dividido em quatro partes que se misturam de través o livro é uma espécie de viagem incerta, cuja totalidade se anula quando encontram uma unidade, em que complementares abrem passagem a uma consciência.
Pois as presas, que crescem desde a infância, ganham traços de uma alegria sensacional.
Já um tanto inóspita quando se lhe mistura o tom melancólico e o ardil de sua figura ácida.
Chovendo pela história sua lágrima radioativa de sombras profundas, tal qual ascendidas, num lance de cólera que as torna mais coloridas, numa rima espetaculosa e sinceramente cínica, que ninguém suporta.
É uma visão ansiosa, presa à cadência de razões poderosas, pelas quais cede a cada aparição luminosa sua verdade óbvia, cuja revelação lhe agarra e lhe naufraga de ciência, conforme o liberta da própria.
Número de páginas | 199 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Colorido |
Tipo de papel | Estucado Mate 90g |
Idioma | Português |
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